Desde que começou a receber duras críticas por evitar a divulgação atualizada dos números de casos e óbitos provocados pelo novo coronavírus (Covid-19) no país, há pouco mais de um mês, o Ministério da Saúde acabou recuando de sua decisão e inaugurou novas plataformas de apresentação dos índices. A partir daí, além dos casos confirmados, óbitos e estatísticas de forma geral, a pasta também começou a dar ênfase ao número de casos curados no país. Esses números, na verdade, já eram divulgados desde abril, mas passaram a ganhar destaque no material divulgado à imprensa após as críticas.
Os relatórios, a partir de então, ficaram mais claros e lógicos em suas apresentações e, de forma simples, apresentam a seguinte equação: do número de casos confirmados excluem-se os óbitos e os casos ainda em acompanhamento, obtendo-se naturalmente aqueles que eram confirmados mas deixaram o sistema com o status de “curados”.
Nesse sentido, o Ministério teve marca importante a “comemorar” nesta semana, quando na passagem de terça para quarta-feira (7 para 8 de julho) o número de casos curados de coronavírus superou a marca de 1 milhão. Em números atualizados já na noite de quinta-feira, 9, o número de casos curados é exatamente de 1.054.043. A lógica se mantém: do número de casos confirmados (1.755.779), elimina-se o número de óbitos (69.184) e os de acompanhamentos (632.552) chegando-se assim ao volume de curados (ver quadro).
Apesar do número positivo, a interiorização pelo país da Covid-19 ainda acelera a proliferação da doença em número de casos novos e diários. Desde o início de julho (do dia 1º ao dia 8), por exemplo, a média de novos casos por dia foi de 38,8 mil. Na quinta-feira, 9, foram 42.619 o que já eleva a média do mês para 39,3 mil casos diários.
REDUÇÃO NÃO
ACONTECE
Na região Oeste da Grande São Paulo, onde os casos de sete cidades são acompanhados por este Página Zero, chegou-se a aventar uma possibilidade de queda percentual nos números, mas essa tendência não se confirmou desde a última semana.
Quando a última alta em números de casos se registrou, na semana de 19 de junho; eles cresceram 15,39% na semana seguinte e 11,91% na posterior. Ou seja: apesar de crescimento dos números, imaginava-se que os percentuais seriam reduzidos. Desde a semana passada para esta (de acordo com os números de casos confirmados na quinta-feira, 9), a tendência não se repetiu: ainda em crescimento, os casos confirmados das sete cidades, juntas, subiu 12,33%.
O mesmo ocorreu com o número de óbitos (somados os confirmados e os investigados): aumentou 9,24% em 19/6; caiu para 6,6% em 3/7; porém voltou a subir 7,7% nos números mais atuais.