Assim como vem demonstrando o mapa de evolução da doença no país; e, por isso mesmo até certo ponto aguardado, o Brasil alcançou nesta semana a marca de 2 milhões de casos confirmados de coronavírus, mostrando que a pandemia da Covid-19 está longe de ser exterminada.
Diferentemente do que muitas autoridades brasileiras e regionais alardeiam, a disseminação da doença tem acelerado e não o contrário. Os números e o “cronograma” mostram: desde o registro do primeiro caso no país, em 26 de fevereiro, a proliferação demorou mais de três meses para atingir os 500 mil casos (em 31 de maio). Depois disso, para outros 500 mil bastaram apenas 19 dias, quando o país chegou a 1 milhão de casos (em 19 de junho); outros 14 dias para 1,5 milhão (em 3 de julho) e agora 13 dias para novo “lote” de 500 mil casos, chegando a 2 milhões pelos números oficiais de 16 de julho.
Em todo o planeta, apenas os Estados Unidos chegaram a tal marca; aliás, superaram e muito, com seus mais de 3,5 milhões de casos. Atrás do Brasil, no entanto, Índia e Rússia, apesar do número elevado, estão bem aquém disso, com 968,8 mil e 751,6 mil, respectivamente. Dentre esses quatro países, o Brasil (com 209,5 milhões de habitantes) só é mais populoso que a Rússia (144,5 milhões). Os Estados Unidos têm 328,2 milhões de habitantes, enquanto a Índia tem 1,353 bilhão.
ESTADO E REGIÃO
Em São Paulo, o governo estadual divulgou no início desta semana que o número de mortes pela doença tem apresentado queda por três semanas consecutivas, apesar de seus mais de 19 mil óbitos.
Conforme os números do governo do Estado, divulgados na segunda-feira, 13, pelo governador João Doria (PSDB), na última semana houve 27 óbitos a menos em comparação à semana anterior – foram registrados 1.706 vítimas entre os dias 5 e 11 de julho; contra 1.733 entre 28 de junho e 4 de julho. Entre 14 e 20 de junho, o número de óbitos foi de 1.913; e, na semana seguinte, de 21 a 27 de junho, foram 1.769, uma diferença de 144 mortes. Os números e a eventual constatação da continuidade da queda deverão ser confirmados na próxima segunda-feira, dia 20.
Já na região Oeste da Grande São Paulo, a notícia de sexta-feira, 10, de que os sete municípios que a compõem haviam deixado a fase laranja e evoluído para a amarela, animou autoridades e parte do comércio, que pôde, enfim, iniciar o processo de retomada gradual de suas atividades. Apesar disso, o número de casos vem mantendo uma média de crescimento semanal em torno de 10 a 12%: São 20.002 casos contra os 18.047 da semana passada (+10,8%). No número de óbitos, a situação melhorou um pouco: 1.323 confirmados nesta semana, contra 1.248 da semana passada, uma evolução de 6,0%.
