O prefeito de Osasco, Rogério Lins (Pode), é o chefe de Poder Executivo da região Oeste que mais tem usado as redes sociais pra divulgação de suas ações à frente à Prefeitura, sejam elas para divulgar obras finalizadas ou mesmo projetos a serem colocados em execução.
Nas últimas semanas, no entanto, seus mais recentes vídeos divulgados nesses canais têm se dedicado quase que exclusivamente para esclarecer à população o que tem ocorrido em relação à saúde, sua e de seus familiares.
A primeira dessas notícias, talvez a mais impactantes, ocorreu logo no dia 1º de julho, uma quarta-feira, quando, após um mal-estar, foi encaminhado para o Hospital Municipal Antônio Giglio. Medicado e submetido a exames, constatou-se que ele sofrera “importante alteração cardíaca”, de acordo com sua assessoria. Longe das redes sociais por dois dias, as especulações em torno da gravidade do problema cresciam justamente nesses mesmos canais.
Somente no dia 3/7 (dois dias depois), já em casa e ao lado da esposa e filhas, disse ter recebido alta, agradeceu a Deus, à equipe do hospital que, segundo ele, salvaram-lhe a vida “depois de ter passado muito mal e ter um princípio de infarto”.
Na segunda-feira, 6, Lins já estava de volta ao trabalho, visitando obras e divulgando-as nas redes sociais, mas por um curto período de tempo: já na quinta-feira, dia 9 (três dias depois), usou novo vídeo para divulgar que sua esposa e primeira-dama da cidade, Aline Lins, havia testado positivo para a Covid-19. Tratou de tranquilizar a todos, garantindo que ela estava sendo atendida e medicada; mas que ficaria ao seu lado para cumprir também o necessário período de quarentena. Disse ainda que, mesmo fazendo testes semanais, iria repeti-los e aguardar o resultado.
O resultado, no entanto, assim como o de sua esposa, foi positivo para a Covid-19. A confirmação, em novo vídeo, foi feita pelo prefeito na manhã de terça-feira, 14: “Eu somente voltarei às atividades externas com autorização médica, tendo a certeza que estou curado e, principalmente, tendo a certeza que eu não possa transmitir coronavírus para ninguém, em respeito à vida de todos”, salientou Lins.
No ano passado, em 28 de junho, ao participar de uma festa junina, Rogério e Aline Lins foram vítimas da explosão de uma fogueira e, com queimaduras em várias partes de seus corpos, ficaram hospitalizados e receberam alta após 12 dias. “Agradecemos a Deus por esse livramento, pois segundo os médicos, poderíamos ficar cegos em razão da onda de calor”, dizia o prefeito ao sair do hospital.
Na região Oeste da Grande São Paulo, além de Rogério Lins, também o prefeito de Carapicuíba, Marcos Neves (PSDB), confirmou no final de junho ter contraído a doença. Recuperado, ele já retornou às atividades normais.