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Ministério recomenda suspensão da vacinação de grávidas e São Paulo anuncia retomada do processo já na próxima semana

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Programa de imunização já previa etapa de vacinação de grávidas (Foto: Jaelson Lucas/SMCS/Fotos Públicas)

Na tarde de terça-feira, 11, o Ministério da Saúde (MS) recomendou a todos os estados brasileiros a suspensão da vacinação de mulheres gestantes que não tenham comorbidades. Já aquelas que tiverem algum problema de saúde devem ser imunizadas apenas com doses da Coronavac/ Butantan e Pfizer.
A decisão foi tomada por orientação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), depois da notícia da morte de um gestante no Rio de Janeiro, provocada por um Acidente Vascular Cerebral (AVC), depois de ter sido vacinada com uma dose do imunizante da Oxford/AstraZeneca. Segundo o Ministério, nos próximos dias será divulgado um relatório com orientações para as gestantes que já tomaram a primeira dose dessa vacina, desenvolvida pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Em coletiva à imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, salientou: “Vamos acompanhar todas as gestantes que foram imunizadas, como já estamos fazendo, independente do tipo de agente imunizante, para verificar se há algum tipo de evento adverso. Todo programa de imunização é coordenado por uma equipe técnica capacitada”.
No final de abril, o Programa Nacional de Vacinação (PNI) decidiu que grávidas e puérperas, até 45 dias depois do parto, deviam ser vacinadas devido ao cenário epidemiológico com elevada circulação do coronavírus e aumento de óbitos maternos pela Covid-19. A conclusão do grupo de técnicos e especialistas foi de que o risco versus benefício das gestantes era favorável às vacinas. “A decisão de imunização foi baseada em critérios exclusivamente técnicos de amplo respaldo internacional”, afirmou o ministro Queiroga.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fontana, afirmou que: “As gestantes com comorbidades poderão iniciar os esquemas vacinais para receber os imunizantes da Pfizer e da Coronavac”. Francieli também apresentou dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) sobre a vacinação das gestantes. De acordo com a coordenadora, pelo menos 22 mil mulheres grávidas já foram imunizadas.

SÃO PAULO ANUNCIA RETOMADA

Um dia depois disso, na quarta-feira, 12, o governador João Doria (PSDB), disse que no Estado de São Paulo, apesar da orientação do Ministério da Saúde, as grávidas e puérperas com comorbidades serão, sim, vacinadas, a partir da segunda-feira, 17.
“Preocupados com a imunização das grávidas, orientamos para que a partir da próxima segunda-feira elas possam ser vacinadas em todo o Estado de São Paulo, não havendo portanto interrupção de um tempo maior. Isso será possível por conta do remanejamento da vacinação e entrega de novas doses da vacina do Butantan e da Pfizer realizadas hoje”, afirmou o governador.
Segundo o governo do Estado, a data de retomada foi definida devido ao remanejamento da vacinação e entrega de mais doses da vacina do Butantan ao Ministério da Saúde na própria manhã de quarta-feira e à chegada de mais imunizantes da Pfizer a São Paulo. No total, 100 mil gestantes e mulheres adultas (com 18 anos ou mais) que tiveram partos recentes poderão se vacinar com esses dois tipos de vacinas.
“O planejamento que nós fazemos todo o tempo nos permite que no dia 17 de maio a gente reabra para este grupo que ontem logo pela manhã foi suspenso. O Estado de São Paulo foi um dos primeiros estados a suspender a vacinação das gestantes e puérperas com comorbidades acima de 18 anos com a vacina da AstraZeneca. Faremos agora com a vacina do Butantan e o município de São Paulo também tem a da Pfizer”, explicou a Coordenadora Geral do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula.
As grávidas em qualquer período gestacional deverão também apresentar comprovante de acompanhamento e/ou pré-natal ou laudo médico. As puérperas podem utilizar a declaração de nascimento da criança.
Para ambos os casos, é necessário comprovar a comorbidade apresentando documentos de saúde como exames, receitas, relatório ou prescrição médica, bem como cadastros pré-existentes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

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