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Governo define 3ª dose da vacina contra a Covid já para setembro

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Governador apresentou nova carteira de vacinação para a dose adicional (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

Ministério da Saúde anuncia e governo paulista antecipa calendário para 3ª dose contra a Covid-19

Na quarta-feira, 26, o Ministério da Saúde anunciou que a dose de reforço – a chamada 3ª dose – da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) será oferecida no Brasil. Inicialmente, o público-alvo da ação serão os idosos acima de 70 anos e pessoas com baixa imunidade (imunossuprimidos).
De acordo com as primeiras informações, as doses devem ser enviadas aos estados brasileiros a partir do dia 15 de setembro e o reforço servirá para quem tomou qualquer vacina usada durante a campanha de vacinação. Preferencialmente, a vacina a ser usada deve ser a Pfizer, mas também poderão ser utilizadas as vacinas da AstraZeneca e da Janssen. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não autorizou – neste momento – a utilização da Coronavac para essa dose de reforço.
Por fim, a 3ª dose será indicada para os idosos que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses. No caso dos imunossuprimidos, eles devem esperar 28 dias após a 2ª dose.
“Com as respostas científicas nós vamos direcionar os rumos do Programa Nacional de Imunizações (PNI), com relação a essa dose de reforço. Quero destacar a importância de defendermos a soberania do PNI, que é um patrimônio de todos os brasileiros. O Ministério da Saúde tem discutido essas ações com especialistas, com pessoas qualificadas, com respaldo científico, com representantes do Conass e Conasems”, ressaltou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A estimativa do Ministério da Saúde é vacinar, com a dose de reforço, mais de 2,3 milhões de brasileiros em setembro. Em outubro, mais 7 milhões de pessoas irão se encaixar nos critérios para o reforço e em novembro, 1,6 milhão de brasileiros desses grupos devem se vacinar.

ACIMA DOS 60

No mesmo dia em que o Ministério da Saúde divulgava sua programação para a aplicação da dose de reforço, em São Paulo o governador João Doria (PSDB) anunciava a mesma medida no Estado, porém para um público mais amplo e data antecipada em relação ao governo federal: a vacina será destinada a idosos com 60 anos ou mais a partir do dia 6 de setembro. Segundo cálculos do governador, inicialmente, a medida deve atender 900 mil pessoas protegidas com a segunda aplicação de qualquer imunizante há pelo menos seis meses.
“Desde a semana passada, o Comitê Científico vem discutindo com a área da Saúde a proteção das pessoas com mais idade. Essa decisão foi finalizada hoje pela manhã para aumentar a proteção das pessoas com mais de 60 anos”, salientou Doria.
O objetivo principal é garantir proteção adicional à população mais vulnerável a variantes mais contagiosas do coronavírus, como a delta.
“Além de proteger a população adulta com a cobertura de segunda dose, é importante também aumentar a proteção dos grupos mais vulneráveis que têm maior chance de, eventualmente, ter um quadro mais grave, com uma dose adicional. Após seis meses, há evidência de uma possível queda de proteção e isso se aplica a todos os imunizantes”, afirmou Paulo Menezes, Coordenador do Comitê Científico.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, até a quarta-feira haviam 266 amostras positivas da variante delta em todo o território paulista. A estratégia do governo de São Paulo é assegurar que os índices epidemiológicos e de ocupação hospitalar continuem em queda e evitar a propagação de novas variantes.
A Secretaria da Saúde divulgou também já ter preparado uma nova carteira de vacinação para os idosos que vão receber a terceira dose a partir de setembro. Não haverá necessidade de novo cadastro no Vacina Já (www.vacinaja.sp.gov.br) para a dose adicional, bastando comparecer a qualquer posto de vacinação com o comprovante do esquema de imunização completo há seis meses.

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