O Chelsea conquistou no sábado, 12 de fevereiro, ao derrotar o Palmeiras por 2×1, em Abu Dhabi, o título do Campeonato Mundial Interclubes da Fifa, cuja disputa ainda equivale a 2021 e pode ter sido a última a utilizar o formato adotado para o torneio desde 2.000.
A bola rolou nesta edição por estádios dos Emirados Árabes Unidos a partir de 3 de fevereiro, levou ao país asiático um representante de cada um dos seis continentes do globo, mais o melhor clube anfitrião. Os finalistas desembarcaram como favoritos e chegaram à decisão depois de vitórias já válidas pela semifinal, no meio da semana passada. O clube inglês, atual campeão europeu, fez o gol da vitória já perto do final do segundo tempo da prorrogação, após sair à frente, mas ceder o empate por 1×1 no tempo regulamentar ao alviverde, atual vencedor da Copa Libertadores da América do Sul.
Ao superar o Verdão, o Chelsea enfim levantou o troféu que o colocou pela primeira vez no topo do planeta e, de quebra, sepultou um trauma que amargava desde dezembro de 2012, quando caíra derrotado diante do Corinthians, por 1×0, em Yokohama, no Japão, palco da final daquela temporada. Já os esmeraldinos e sua torcida, que colheram em Abu Dhabi a terceira tentativa frustrada, somada aos tropeços em 1999 e 2020, ainda se agarram à façanha de 1951 para reivindicar que o clube merece constar na seleta galeria de campeões mundiais. Naquele ano, o Palmeiras conquistou a Taça Rio – também conhecida como Torneio Internacional de Clubes Campeões – e desde então comemora, embora a Fifa só reconheça em suas publicações destinadas à imprensa o caráter oficial pretendido pelos brasileiros.
O Al Ahly (Egito/África) garantiu o terceiro lugar do Mundial de Clubes da Fifa, também no dia 12, ao golear o Al Hilal (Arábia Saudita/Ásia) por 4×0. O Monterrey (Américas Central e do Norte e Caribe) aplicou 3×1 sobre o Al Jazira e regressou para o México como quinto colocado.
COMO FICARIA O TORNEIO
A FIFA planeja modificar a fórmula de promover o Mundial Interclubes desde o começo de 2020, mas ainda não agiu nesse sentido por conta da eclosão da pandemia de Covid-19, em março daquele ano.
Nos Emirados Árabes Unidos, o modelo seguido ainda permitiu a participação também do AS Pirae (Taiti/Oceania), totalizando sete clubes, contra os 24 que deverão começar a fase de classificação do novo torneio, que poderá estrear ainda neste ano, e depois passar a ser quadrienal, como a Copa do Mundo de seleções.
O processo de classificação à competição ainda deverá ser alvo de reuniões entre as confederações.
