Se, em quase todas as matérias publicadas nesta edição, falou-se sobre o protagonismo questionável das pesquisas eleitorais, também aqui, na apuração para os candidatos ao Senado Federal pelo Estado de São Paulo a situação não foi diferente.
O que foi diferente, no entanto, é que se as pesquisas tiveram papel preponderante nas eleições a presidente da República e a governador de São Paulo, no final das contas os resultados apresentados por elas podem ainda ser debatidos: para a Presidência, Lula e Bolsonaro estarão no 2º turno como elas previam (apesar da margem de diferença entre ambos) e Tarcísio e Haddad também estarão disputando a corrida final pelo governo paulista (apesar das posições invertidas na apuração).
Na campanha paulista para o Senado federal, o que se viu pode, sim, ser considerado como erro: durante toda a campanha, elas apontavam para a vitória do ex-governador Márcio França, do PSB, ficando atrás dele o ex-ministro e astronauta Marcos Pontes, do PL, e todos os demais. Com a apuração, no entanto, quem acabou ficando com a vaga no Senado federal pelos próximos oito anos será o Astronauta Marcos Pontes, com uma vitória “avassaladora” sobre Márcio França: o ex-ministro obteve 49,68% dos votos válidos, contra 36,27% do principal oponente. Em termos absolutos, foram quase 3 milhões de votos a mais: 10,7 milhões para o astronauta e 7,8 milhões para Márcio França (ver quadro).
O Senado é composto por 81 integrantes, sendo três representantes de cada um dos 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Neste ano, a casa legislativa renovou 1/3 desses integrantes, elegendo 27 novos senadores.
Marcos Pontes assume no início do próximo ano, cumprindo mandato até o final de 2030. Ao seu lado, representando o Estado de São Paulo, já cumprem mandato até o final de 2026 os senadores Giordano (MDB) e Mara Gabrilli (PSDB). Quem deixa o posto neste ano é José Serra, do PSDB, que tentou eleição a deputado federal e não obteve êxito.