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Governo de SP prorroga campanha de vacinação contra a gripe até 30 de junho

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Foto: Divulgação/PMC

Com cobertura abaixo da expectativa, governo de SP prorroga campanha
da vacinação contra a gripe

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgou no início desta semana, às vésperas do encerramento oficial da campanha de vacinação contra Influenza (gripe) para a população acima de seis meses, que está prorrogando esse período por mais 30 dias. A campanha nacional, que deveria se encerrar no dia 31 de maio, terá no Estado de São Paulo mais trinta dias de duração, devendo agora se encerrar no próximo dia 30 de junho.
Segundo a Secretaria, o principal motivo da iniciativa é a baixa cobertura vacinal no Estado, em torno de 32,9%, com apenas 6,1 milhões de doses aplicadas. A meta é de 90%.
Para estimular a adesão da população, tanto o Ministério da Saúde como a Secretaria de Saúde garante que a vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan, é segura e eficaz. Como o vírus tem alta capacidade de mutação e muda suas características ao longo do tempo, é preciso se imunizar todos os anos. A cepa do vírus H1N1 usada em 2023, por exemplo, é diferente da que foi usada para produzir os imunizantes no ano passado.
A garantia é que a gripe geralmente causa apenas febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e dores no corpo, mas casos mais graves podem afetar as crianças menores de 6 anos de idade, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, podendo levar até à morte. Apenas em 2023, a Secretaria da Saúde já registrou 86 óbitos decorrentes de casos graves causados pela infecção dos diversos tipos de vírus da Influenza. A vacinação é eficaz em evitar a evolução da doença para esses quadros mais graves.
Em 2022, foram registrados 3.116 casos de gripe em que foi necessária a hospitalização do paciente e 339 mortes. Neste ano, foram registradas 1.257 hospitalizações até a quarta semana de maio. No mesmo período do ano anterior, foram contabilizadas 1.653 internações e 250 óbitos.
Produzida com vírus inativados das três principais cepas em circulação no hemisfério Sul, a vacina faz com que o organismo produza anticorpos contra a infecção e estimule a memória das células para que elas aprendam a lidar com o vírus. Menos de 10% das pessoas que recebem a vacina desenvolvem febre, mal-estar e dores musculares. Geralmente, quem desenvolve esses sintomas está recebendo este tipo de imunizante pela primeira vez. Reações alérgicas são consideradas raras.
Para as gestantes, a vacina não apresenta qualquer risco diferente do que para o resto da população e, além dos benefícios para a mulher, estudos apontam que a proteção contra o vírus influenza foi superior a 60% nos primeiros seis meses de vida dos bebês de mães vacinadas. O imunizante pode ser aplicado em qualquer momento da gestação e para mulheres em puerpério, que é o período de 45 dias após o parto.
O Ministério da Saúde ampliou a vacinação para todas as pessoas com mais de 6 meses de idade. Isso porque, uma vez imunizado, o indivíduo tem menos chance de contrair e transmitir a gripe, diminuindo o risco de contaminação até daquelas pessoas que não foram vacinadas.
O governo de SP possui o site https://www.vacina100duvidas.sp.gov.br/ que reúne as cem dúvidas mais frequentes sobre as vacinas nos buscadores da internet. Trata-se de um espaço com informações claras para desmistificar fake news com relação à imunização.
O imunizante está disponível em mais de 5 mil postos de vacinação em todo o Estado.

Crianças e adultos estão aptos a receberem a vacinação contra a gripe – Foto: Arquivo/Secom/PMB

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