Início Política Regional Gerson Pessoa supera o ‘mestre’ e vence eleição para prefeito em Osasco

Gerson Pessoa supera o ‘mestre’ e vence eleição para prefeito em Osasco

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Para comemorar a vitória, os correligionários de Gerson Pessoa carregaram o futuro prefeito nos ombros - Foto: Gerson Pessoa/Facebook

Quando o atual prefeito de Osasco, Rogério Lins (Podemos), venceu sua primeira eleição para chefiar o Executivo municipal, em 2016, teve de enfrentar o prefeito da época, Jorge Lapas (então no PDT) em segundo turno. No primeiro round daquela disputa, em outubro de 2016, Lins obtivera 109.705 votos contra107.232 de Lapas. No segundo turno, apenas com os dois na disputa, a vitória de Rogério Lins foi “acachapante”, obtendo 218.779 votos, o que correspondia a 61,21% dos votos válidos da época.
Na eleição seguinte, já pela reeleição, em 2020, Rogério Lins disputou com outros cinco candidatos e, logo no primeiro turno, obteve 204.207 votos, compreendendo 60,94% dos votos válidos, o que foi considerada a maior vitória da história da cidade em primeiro turno, tanto em votos absolutos como em percentual.
Esse histórico vale para compreender como Rogério Lins entrou na campanha deste ano ao apoiar seu cunhado e ex-sócio em empreendimentos de início de carreira, Gerson Pessoa; principalmente depois que ambos já haviam sentido o primeiro gosto da vitória em conjunto, quando Pessoa se elegeu deputado estadual em 2022, com 143.704 votos.
Agora, em 2024, ninguém escondia que o objetivo era vencer em primeiro turno; se houvesse uma votação bastante expressiva, melhor ainda; mas o que talvez o comando da campanha não imaginasse é que a vitória de Gerson Pessoa – com todos esses ingredientes – teve ainda o enorme sabor de computar mais de 285 mil votos em seu favor, absoluta e proporcionalmente maior até do que aquelas conquistas anteriores de Lins. Ou seja: o “pupilo” superou o “mestre”.
Mesmo considerando o aumento no número de eleitores de um pleito para outro, a comparação salta aos olhos: em 2020, os eleitores de Osasco eram 567.361 e subiram, agora em 2024, para 592.559. Ou seja: um crescimento de 4,44%. Em comparação direta dos números absolutos, os mais de 285 mil votos de Gerson no último dia 6 de outubro foram 40,05% superiores aos 204 mil de Lins em 2020. Na proporção dos votos válidos, a comparação também é visível: se, lá em 2020, Lins venceu com 60,94% dos votos válidos, agora em 2024 Gerson Pessoa navegou em 75,28% deles.
É corretíssimo afirmar que grande parte dessa obra diz respeito justamente à avaliação positiva que Rogério Lins construiu nos últimos oito anos de governo; mas Gerson, depois que assumiu o cargo de deputado na Assembleia paulista, também vem demonstrando força que agora terá de se reverter em capacidade administrativa. O próprio eleito, sempre que pode, afirma que seu governo será de continuidade, mantendo as principais ações implantadas por Rogério Lins e incrementando-as dentro do possível, além de atacar pontos que naturalmente surgem e surgirão de uma administração para outra.
Assim que recebeu a notícia da eleição, no domingo, 6/10, à noite, Pessoa, Lins e toda a equipe envolvida nesse trabalho correram ao escritório de campanha para festejar. No local, tanto o atual como o futuro prefeito foram carregados nos ombros pela multidão.
Em uma rede social, Gerson Pessoa manifestou sua felicidade: “Obrigado, Osasco pela confiança. Estou muito feliz pela nossa vitória. Trabalharei todos os dias para honrar cada voto. Obrigado, Osascoooo! A vitória é nossa”.
O vice-prefeito de Gerson Pessoa, a partir do próximo dia 1º de janeiro de 2025, será o presidente do PSD em Osasco e secretário de “multiutilidades” na administração municipal, Lau Alencar.

VICE-PREFEITO

Lau Alencar (PSD)

Mais de 90% dos vereadores eleitos em Osasco fazem parte da base de apoio do futuro prefeito

A eleição para formação da nova composição da Câmara de vereadores em Osasco terá muitas interpretações e avaliações a partir do resultado da eleição de 6 de outubro, mas certamente a que mais chama a atenção, num primeiro momento, é a representatividade em favor da chapa do prefeito eleito, Gerson Pessoa, do Podemos.
Já era sabido que, com uma base de apoio para sua eleição composta por 17 partidos, não dava para imaginar outro resultado além da vitória, mas sua expressiva eleição com mais de 75% dos votos válidos, também lhe dará, num primeiro instante, muita tranquilidade para trabalhar junto ao Legislativo. Isso porque, dos futuros 21 integrantes da Casa, nada menos que 19 deles (90,48%) fizeram parte da base de apoio ao também futuro prefeito. As exceções são Émerson Osasco e Heber do JuntOZ, que estiveram com o candidato petista Emidio de Souza (ver quadro).
Todos os eleitos certamente têm lá suas considerações e destaques a serem abordados durante a campanha e seus méritos pela eleição, mas pelo menos dois deles recebem, aqui, uma anotação especial, as duas relativas às mulheres: a primeira, sobre Stephane Rossi, que assumiu a vaga de sua mãe, falecida há pouco mais de um mês, em plena campanha. A jovem Stephane, de apenas 22 anos e sem experiência nenhuma na política, fez uma campanha de pouco mais de duas semanas e foi eleita com 5,2 mil votos.
A outra teve uma ajudazinha do marido, o ainda vereador Ribamar Silva (PSD), que aguarda uma eventual vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília, no início do próximo ano. Por isso mesmo, resolveu não se candidatar à reeleição e lançou a candidatura da esposa Elânia Silva, também inexperiente. Ribamar esbanjou poder e acabou ajudando na eleição de Elânia como a mais votada da cidade, com mais de 6,3 mil votos.
A Câmara de Osasco reelegeu 12 (57,14%) de seus atuais 21 vereadores e registrou uma taxa de renovação de 42,86% com 9 novos integrantes a partir do próximo ano. Das quatro mulheres que hoje atuam hoje na Casa, esse número será o mesmo para a próxima legislatura.

A parceria entre Ribamar e a esposa Elânia deu a ela o status de a mais bem votada na cidade – Foto: Divulgação
Com apenas duas semanas de campanha, Stephane Rossi obteve mais de 5 mil votos – Foto: Divulgação

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