Técnicos e agentes de endemias da Vigilância em Zoonoses de Carapicuíba receberam na quarta-feira da semana passada, 3/6, treinamento para a utilização de um novo inseticida criado para combater o mosquito Aedes aegyti, transmissor do vírus causador da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O treinamento foi orientado pelos técnicos da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
Chamado de Cielo ULV (Ultra Low Volume), o novo inseticida é aplicado por nebulizações durante vistorias de combate à dengue, realizadas pela equipe de Vigilância em Zoonoses. “O inseticida é um complemento às vistorias de bloqueio de criadouros, feitas pelas prefeituras nas casas e bairros. Após orientação e retirada dos focos de água parada, os técnicos analisam a real necessidade de utilizar a nebulização, para matar os mosquitos adultos”, explicou o engenheiro químico sanitarista da Sucen, Antonio Eduardo Marcondes.
O novo inseticida, disponibilizado pelo órgão, possui odor agradável e não promove manchas em paredes ou tecidos. Além disso, não requer diluição, já vem pronto para uso, diferente do inseticida antigo.
O biólogo e coordenador da Vigilância em Zoonoses de Carapicuíba, Michel Hans Silva, explicou que as nebulizações com o inseticida devem ocorrer somente em casos específicos, a partir de dados epidemiológicos, onde exista proliferação do Aedes aegypti. “Nunca usamos sem a real necessidade, pois o uso indiscriminado causa a seleção dos mosquitos resistentes, fazendo com que o produto perca a eficácia precocemente”.
Em meio às medidas de combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Prefeitura de Carapicuíba também orientou a população a não se esquecer das ações para evitar a proliferação do mosquito. Para isso, lembrou que devem ser evitados focos de água parada.