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São Paulo começa a testar vacina chinesa

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(Foto: Governo do Estado de São Paulo)

Vacina chinesa chega para combater coronavírus e governo de SP começa testes clínicos em voluntários

Em visita ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), na terça-feira, 21, o governador João Doria (PSDB) acompanhou o começo da testagem da vacina contra o coronavírus (CoronaVac), aplicada nos primeiros voluntários e dando início ao estudo que será conduzido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science, parte do grupo Sinovac Biotech.
Na madrugada de segunda, 20, para terça-feira, 21, a carga com 20 mil doses do imunizante, proveniente da China, desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos e, depois de levada à sede do Instituto Butantan, começou a ser distribuída aos 12 centros de pesquisa responsáveis pelo recrutamento, aplicação e acompanhamento dos voluntários.
“Ao longo dos próximos três meses, os voluntários serão acompanhados por uma equipe científica, com acompanhamento inclusive de supervisores internacionais dado ao fato de que essa é uma das mais avançadas vacinas do mundo que entra na sua terceira fase de testes, já tendo superado as fases 1 e 2 com grande sucesso”, afirmou Doria.
O Hospital das Clínicas da FMUSP é o centro coordenador do estudo clínico que será realizado nos centros de pesquisa localizados em cinco estados e do Distrito Federal. Na capital paulista, também participam o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o Hospital Israelita Albert Einstein. Ainda no Estado de São Paulo, foram selecionadas a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, o Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas), a Faculdade de Medicina de Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. O estudo também será conduzido em centros em Belo Horizonte (UFMG), Rio de Janeiro (Fiocruz) Brasília (UNB), Curitiba (UFPr) e Porto Alegre (PUC-RS).

INÍCIO DE 2021

A fase 3 do estudo recrutará cerca de nove mil profissionais de saúde que trabalham em instalações especializadas para Covid-19 nos 12 centros de pesquisa distribuídos por todo o Brasil, dos quais 890 profissionais são do hospital visitado pelo governador. Nos demais centros, a testagem será iniciada progressivamente na próxima semana e a previsão é de que seja concluída até meados de setembro.
Entre os recrutados, metade receberá duas doses do imunizante num intervalo de 14 dias e a outra metade receberá duas doses de placebo, uma substância com as mesmas características, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Essas pessoas serão monitoradas pelos centros de pesquisa por meio de exames entre aqueles que tiverem sintomas compatíveis à Covid-19. Assim, poderá ser verificado posteriormente se quem tomou a vacina ficou de fato protegido em comparação a quem tomou o placebo.
Os testes serão acompanhados por uma comissão de pesquisadores internacionais, que terão acesso à plataforma científica para observar o andamento e garantir a transparência em todo o processo. Se houver sucesso, a vacina será produzida pelo Instituto Butantan a partir do início de 2021, com mais de 120 milhões de doses.
Os voluntários para participar da testagem ainda podem se inscrever, mas atendendo a uma série de critérios. Para saber se pode se incluir no processo, o candidato deverá acessar a plataforma de triagem criada pelo Butantan no portal http://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/vacina/?nocache. Nela, é possível responder a algumas perguntas e saber se tem o perfil necessário para participação nos testes.
Após esta etapa, serão informados os centros de pesquisa que devem ser procurados para, enfim, iniciarem todos os processos necessários para confirmar a participação. Cada centro ficará responsável pelas informações coletadas dos voluntários, que serão sigilosas.

No Hospital das Clínicas, João Doria exibe uma dose da vacina (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

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