Apesar de o governo praticamente “comemorar” resultados positivos a cada relatório diário ou semanal, o Estado de São Paulo não tem conseguido se livrar de altos números de casos confirmados ou de óbitos provocados pelo novo coronavírus (Covid-19).
Os pontos positivos apontados pelo Palácio dos Bandeirantes no atual estágio da pandemia se baseiam na redução do número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados por pacientes infectados pela Covid-19 ou internações a cada 100 mil habitantes. Baseado em tais números, o Plano São Paulo do governo chegou a colocar na sexta-feira passada, dia 14, 10 das 15 regiões administrativas de saúde na fase amarela; além de outras 6, das 8 sub regiões da Grande São Paulo. No total, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Regional, 86% da população paulista encontrava-se nessa fase 3 do Plano. Três regiões do Estado, mais duas sub regiões da Grande SP permaneciam na fase laranja; e apenas duas se mantinham na fase vermelha. Uma nova atualização desse mapa deverá ser anunciada nesta sexta-feira, 21.
Apesar da evolução do quadro “colorido”, em números absolutos, no entanto, a população não tem o que comemorar. Já há alguns meses, por exemplo, o Estado registra número de mortes sempre superior a 200 por dia e tal situação não tem se revertido. Na última passagem do balanço, por exemplo, da quarta-feira, 19, para a quinta-feira, 20, esse número chegou a 314 mortes. Como aos finais de semana os índices caem vertiginosamente, criou-se a avaliação através da chamada média móvel, que computa os casos dos últimos 14 dias. Nesse cenário, a média móvel do Estado (entre os dias 7 e 20) é de 246 óbitos por dia.
Quanto à quantidade de casos confirmados, o quadro se repete: entre a quarta e a quinta-feira, o número registrado foi de 9.451. A se considerar a média móvel dos últimos 14 dias, esse número se mantém alto, em 9.439/dia.
Neste caso, o governo paulista justifica que o número é crescente porque também aumentou o volumede testes feitos junto à população.
