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Usuários se preparam para possível reajuste da tarifa de ônibus na próxima semana

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O último reajuste das tarifas na região ocorreu em 2019 - Foto: Marco Infante/PZ

No início de 2022, no mês de janeiro, parte das cidades da Região Metropolitana de São Paulo concedeu reajuste para as tarifas de ônibus em suas respectivas linhas municipais. Em razão da pandemia de Covid-19, muitos desses municípios já não haviam concedido o tradicional reajuste nos anos de 2020 e 2021.
O último reajuste, portanto, acabou ocorrendo em 1º de janeiro de 2019 quando, no eixo Oeste da Região Metropolitana, as tarifas de ônibus foram reajustadas de R$ 4,35 para R$ 4,50.
Com a chegada de 2022 e reajustes constantes dos combustíveis e outros insumos, além de uma inflação acima de 10%, as empresas concessionárias do transporte coletivo almejavam o reajuste, mantendo contatos constantes com as administrações municipais. Com o argumento de que a pandemia diminuiu a renda do trabalhador e, principalmente, por se tratar de um ano de eleições, parte dessas prefeituras preferiu protelar o reajuste, mantendo os valores nos patamares de 2019.
A principal dessas cidades foi justamente a Capital paulista. O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), alegando ter negociações com o governo federal para conseguir recursos que poderiam subsidiar com dinheiro público a diferença almejada pelas empresas de ônibus, conseguiu adiar a decisão do reajuste. Seguindo o exemplo da Capital, cidades da parte Oeste da Região Metropolitana, como Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira, Itapevi e Santana de Parnaíba também conseguiram segurar a “pressão” das empresas, pelo menos até este momento.

SEM SUBSÍDIO

O tempo passou e o prefeito Ricardo Nunes não conseguiu trazer qualquer suporte do governo federal às suas pretensões de recursos e subsídio ao valor das passagens de ônibus. Essa condição também fragiliza a posição dos demais prefeitos que não deram o reajuste no início do ano, agora sem argumentos para negar as pretensões das empresas.
Informações não oficiais dão conta de que, na região, parte da planilha de custos apresentadas pelas concessionárias às administrações públicas pleiteia um reajuste dos atuais R$ 4,50 para uma tarifa de R$ 6,94.
Nesta semana, com a chegada dos feriados da Semana Santa, de Tiradentes e do carnaval, começou a circular com muita intensidade a notícia de que os prefeitos da região já não teriam mais como protelar os pedidos das empresas e estariam programando um reajuste para os próximos dias, talvez já para a próxima semana.
O noticiário não só circulou nos bastidores de algumas administrações, como chegou a virar notícia também em alguns veículos de imprensa, chegando a afirmar que, caso o reajuste não venha, as empresas estariam dispostas até a paralisarem algumas linhas, como forma de economizar nos custos de sua atuação. Outras informações davam conta, inclusive, que algumas dessas empresas – com recursos comprometidos – estariam programando parcelar os salários de seus funcionários, como forma de enfrentar prejuízos.
Por fim, a informação definitiva é que, já na próxima semana, algumas cidades da região devam confirmar o reajuste das tarifas para R$ 5,00.

NÃO OFICIAL

Com o noticiário circulando pela região em caráter informal, apesar da divulgação por outros veículos da imprensa, o jornal Página Zero procurou informações oficiais sobre o tema.
Na região, manteve contato por e-mail com as empresas de ônibus Viação Urubupungá (que atende Osasco e Santana de Parnaíba) e Benfica BBTT (que atende Barueri, Jandira e Itapevi) e não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Por telefone, a assessoria de Imprensa da Viação Osasco disse não ter informação nenhuma sobre as versões que circulam pela região. Disse – a assessoria – que não há nenhuma ameaça de paralisação de linhas e que os salários dos funcionários estão em dia. Sobre o possível valor da tarifa para R$ 5,00, a assessoria informou que a negociação ainda está em andamento e que também não tinha informações oficiais, mas que, por experiência, sabe que tal decisão pode ocorrer de uma hora para outra.
Junto às administrações públicas também o jornal Página Zero tentou contato, mas – às vésperas do feriado – nenhuma confirmou oficialmente o reajuste para a próxima semana. Em uma delas, no entanto, a assessoria de Comunicação chegou a dizer informalmente que acredita, sim, no reajuste da tarifa para R$ 5,00 já nos próximos dias.

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