Início Política Regional Brasileiro foi às urnas e, de certa forma, ainda não se decidiu

Brasileiro foi às urnas e, de certa forma, ainda não se decidiu

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As pesquisas ganharam protagonismo no 1º turno das disputas - Foto: Reprodução: Câmara dos Deputados/TSEa

A população brasileira cumpriu no último domingo, 2 de outubro, seu papel de cidadania ao participara da eleição geral deste ano em seu 1º turno. Ao contrário do que muitos previam, a começar por alguns dos principais protagonistas das disputas que alardeiam e às vezes parecem até estimular conflitos e violência, a eleição ocorreu em clima de tranquilidade e paz absoluta. Ou seja: ao dar sua contribuição com o voto e o exercício da cidadania, a população brasileira também deu o exemplo a seus líderes que pode – e deve – ser tratada com respeito e dignidade, independentemente do valor que os concorrentes estejam dando às suas disputas.
Ao final das apurações, quem acabou ganhando papel de protagonismo foram as pesquisas eleitorais que circularam até a véspera do pleito e, mais uma vez, não necessariamente por aspectos positivos. Afinal, mesmo que tivessem acertado em seu conteúdo, parte delas errou feio nos números finais, o que vem gerando não só críticas, mas também discussões que – no futuro – poderão modificar o formato de apresentação desse trabalho que, para muitos, influencia o eleitor incauto às vésperas da eleição.
Dois exemplos podem ser citados rapidamente: na campanha presidencial, quase todas as pesquisas davam como certa a passagem de Lula (PT) e Bolsonaro (PL) para o 2º turno: acertaram. Na maioria delas, Lula passava a casa dos 40% dos votos válidos: também acertaram! Ocorre que, em quase todas, Bolsonaro chegaria a pouco mais de 35% dos votos e acabou com 43% dos votos válidos (ver matéria nesta edição): erraram! Para o presidente Jair Bolsonaro, crítico desses trabalhos e dos veículos de imprensa que o divulgam, esse é um prato cheio para a “teoria da conspiração”.
Alguns explicam que, no final das contas, eleitores de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) resolveram de última hora modificar seus votos e atribuí-los a Lula ou Bolsonaro. Isso parecer ter realmente acontecido, pois ambos beiravam os 7 ou 8% nas pesquisas e finalizaram com 4 e 3% respectivamente. Outro exemplo se aplica à disputa ao governo do Estado de São Paulo: todas as pesquisas mostravam o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) com 18% e isso realmente aconteceu: acertaram! Mostravam Fernando Haddad com 35% e também acertaram! Mas todas elas apontavam Haddad na frente e Tarcisio (Republicanos), com pouco mais de 20% e aí erraram feio. Tarcisio, no final, acabou com 42% dos votos válidos, à frente de Haddad, com 35% (ver matéria nesta edição).
E no final das contas, as pesquisas acertaram, mas devem ser melhor interpretadas? Acertaram parte e erraram outra parte? Erraram completamente? Devem ser criminalizadas ou melhoradas?
Enquanto a classe política se decide por isso, o eleitor, nesses dois casos principais – a eleição para a Presidência da República e para o governo de São Paulo – ainda não se decidiu: levará essas duas disputas para o 2º turno, que ocorrerá no último domingo deste mês, dia 30 de outubro.

REGIÃO MELHORA (?)

Sob determinado ponto de vista, a eleição para deputados federais e estaduais permitiu uma ligeira melhora à representatividade da região Oeste da Grande São Paulo, por onde circula este jornal Página Zero. É que, na comparação com a última eleição do mesmo nível, em 2018, acabou ganhando um deputado estadual a mais: naquela oportunidade, a região havia elegido três deputados estaduais e, agora, elegeu quatro (ver matéria nesta edição).
Em relação à Câmara dos Deputados, o resultado foi semelhante: a região elegeu dois deputados federais em 2018 e repetiu a dose neste ano. Mas aí está o ponto de vista a ser analisado: os dois federais eleitos não são do bloco dos chamados “candidatos raiz”: um tem o endereço de Osasco, mas não atua na cidade; enquanto a outra atua na cidade mas não tem o endereço em nenhuma cidade da região.
Nas matérias e páginas seguintes (e anterior), o jornal Página Zero apresenta todos esses aspectos e mostra um raio-X dos resultados do 1º turno em toda a região.

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