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Polarização pela Presidência vai até o 2º turno

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Jair Bolsonaro é o candidato do PL - Lula é o candidato do PT - Fotos: Jair Bolsonaro/FAcebook e Lula/Facebook

A disputa para a Presidência de República, que desde o seu início foi marcada pela polarização entre apenas dois candidatos, confirmou-se na apuração dos resultados de domingo, 2 de outubro, mas, sem uma definição, prosseguirá agora na forma de um embate direto, até o 2º turno, em 30 de outubro.
Durante toda a campanha, os candidatos do PL e do PT, Jair Bolsonaro (que tenta a reeleição) e Lula, respectivamente, permaneceram no topo das pesquisas de intenção de voto, apontando que somente os dois lutariam pela maioria dos votos da população brasileira.
Esse aspecto foi duramente combatido e criticado pela maioria dos demais candidatos que, no final das contas, não conseguiram reverter a situação. Ou seja: Lula e Bolsonaro obtiveram a maioria esmagadora dos votos válidos (91,63% deles), sendo mais de 57 milhões (48,43%) destinados a Lula e outros 51 milhões (43,20%) a Jair Bolsonaro. Os demais não chegaram nem perto disso: quem mais se aproximou foi a 3ª colocada Simone Tebet, do MDB, com 4,9 milhões de votos, apenas 4,16% dos votos válidos (ver quadros).
Mais uma vez, as pesquisas de intenção de votos acabaram se tornando protagonistas – de forma negativa – após a abertura das urnas: quase todas mostravam Lula na frente, o que realmente aconteceu, mas com uma vantagem de quase 14 pontos percentuais em relação a Bolsonaro. O resultado, no final, registrou uma diferença de apenas 5 pontos percentuais e, agora, não se sabe como atuarão os principais institutos de pesquisa ou os grandes veículos de comunicação no curto período que antecede o 2º turno da disputa entre ambos.

TRAÇANDO ESTRATÉGIAS

Os dois candidatos, naturalmente, já retornaram à campanha, de imediato tentando e angariando novos adeptos aos seus projetos e propostas. Parte desses apoios se apresenta nesta primeira semana como aqueles que ficaram na disputa durante o 1º turno ou mesmo outras lideranças, como governadores e senadores eleitos pelos diversos estados do país.
Além disso, as estruturas de cada campanha também rabiscam estratégias para reverter situações desfavoráveis apontadas nesta primeira etapa de embate. Bolsonaro, por exemplo, voltará suas baterias para a região Nordeste do país, onde Lula venceu com ampla vantagem; enquanto o petista deve se voltar para o Sul e Sudeste, onde os votos bolsonaristas levaram vantagem.
No Estado de São Paulo, por exemplo, reduto eleitoral de Lula, quem venceu a disputa foi Bolsonaro, com 47,71% dos votos válidos (12,2 milhões de votos) contra 40,89% de Lula (10,4 milhões) – ver quadro.

LULA MELHOR NA REGIÃO

Na região Oeste da Grande São Paulo (Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira, Itapevi, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus), o petista Lula levou ampla vantagem em relação a Bolsonaro, vencendo o pleito em seis dessas cidades e perdendo apenas em Santana de Parnaíba.
Naturalmente, por ter o maior colégio eleitoral, Osasco acabou dando mais votos a Lula (201 mil), mas foi em Itapevi onde o petista obteve mais vantagem após a apuração: ficou com 53% dos votos válidos contra 36% de Bolsonaro, uma diferença de 17 pontos percentuais (ver quadros).

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