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Memorial às Vítimas do Amianto foi inaugurado em Osasco

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Foto: Marcelo Deck

Escultura e lista de nomes integram Memorial às Vítimas do Amianto inaugurado em Osasco

Assim como estava programado, a Secretaria de Emprego, Trabalho e Renda da Prefeitura de Osasco promoveu no sábado, 10 de dezembro, cerimônia para inauguração do Memorial em Homenagem às Vítimas do Amianto. A ação foi realizada em parceria com a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea) e o Memorial está instalado na praça do Expedicionário Mário Buratti, no Centro (ao lado da linha férrea).
A principal imagem do novo espaço é a escultura “Árvore-Pulmão”, como símbolo que representa a vida. O tronco da árvore, com suas linhas retas, representa as fibras do mineral, os galhos superiores simbolizam o macrocosmo e as folhagens os pulmões das milhares de vítimas do amianto. O monumento pesa aproximadamente 1,5 tonelada de aço e foi construído pelo artista plástico Wagner Hermusche. O local também ganhou um painel com nomes de mais de 600 pessoas que ficaram expostas ao amianto e morreram em virtude das doenças provocadas pela fibra do mineral cancerígeno. A praça passou ainda por uma reforma, que incluiu a reconstrução da calçada, novo paisagismo com diversos tipos de flores e implantação de iluminação em led.
Em seu discurso, o prefeito Rogério Lins (Podemos) destacou a importância do memorial não só para Osasco, mas para todo o país. “Este memorial é muito importante, porque ele representa a luta pela vida. Então, isso daqui é mais do que um ato simbólico. Nós estamos fincando uma luta que é permanente em apoio àqueles que ainda sofrem por conta do amianto e pelas famílias das vítimas, que merecem todo nosso carinho e respeito”.
Além do prefeito e autoridades municipais, a cerimônia contou também com a presença do prefeito de Bom Jesus da Serra/BA, Jornando Vilasboas; do deputado estadual baiano, Zilton Rocha; e do presidente da Abrea, Eliezer João de Souza; dentre outros.
O amianto é um material versátil e sua extração é barata, por isso seus produtos possuem baixo valor agregado. Porém, é uma substância que não possui níveis seguros de uso. Por causar câncer em quem se expõe a essa substância, sejam trabalhadores, seja a população de modo geral, sua utilização foi banida no Brasil e em diversos países.
Uma antiga fábrica de telhas, tubulações e caixas d´água em amianto funcionou em Osasco por mais de 50 anos, na região onde está instalado o Memorial.

O prefeito Rogério Lins observa a lista com 600 nomes de pessoas vítimas dos efeitos do amianto – Foto: Marcelo Deck

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