Em mais uma de suas constantes visitas à região Oeste da Grande São Paulo, a deputada federal e presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, esteve novamente em Osasco na segunda-feira, 17 de abril, oportunidade em que cumpriu extensa agenda de visitas. No roteiro da visita, Renata esteve na sede do diretório municipal de seu partido; foi à sede da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD); prestigiou a inauguração da extensão do escritório político do deputado Gerson Pessoa (ver matéria nesta edição); e visitou alguns veículos de comunicação, dentre os quais a sede do jornal Página Zero.
Na Redação do PZ, a deputada foi recebida pelo jornalista, diretor e editor Marco Infante, conheceu as dependências da Redação e conversou sobre o papel de seu partido no cenário político nacional e regional; além de sua própria atuação como liderança da legenda.
Inicialmente, a deputada foi lembrada pelo jornalista sobre sua atuação e até de ter tido seu nome cogitado a uma candidatura presidencial na eleição de 2022. Como o partido, que acabou apoiando outros nomes em todo o país, acabou se saindo após os resultados das urnas?
Renata lembrou que o mais importante na sua atuação como presidente é o fortalecimento do grupo, de forma geral. Avaliou que a eleição serviu para o fortalecimento de novas lideranças que certamente serão galgadas, num futuro já bem próximo, a novos horizontes, aí sim elevando ainda mais a participação do partido. Para isso, citou duas lideranças da região Oeste: “É o que aconteceu aqui na região, com Rogério Lins, em Osasco; e Igor Soares, em Itapevi: conseguimos fazer com que esses jovens líderes chegassem ao poder e fazer a diferença. Isso é um projeto do Podemos; o de fortalecimento do grupo, do time”.
NOVOS LÍDERES
Renata Abreu avalia que “existe muito espaço para novos líderes no país” e seu Podemos poderá ter participação bastante ativa nesse sentido. “Agora nós vamos para uma eleição municipal [em 2024] e pretendemos ampliar o número de prefeitos, de vereadores, consolidar tudo isso para então pensarmos em projetos futuros”. E analisou: “O Podemos é um partido que nasceu cedo, em 2017, e cresceu muito rápido; a gente não tinha por exemplo na última eleição aqui em São Paulo, um nome orgânico, nosso, que pudesse sair candidato a governador. Líderes como o Rogério Lins e o Igor Soares estavam preocupados com a reeleição; os novos iniciando mandatos de prefeitos; os nossos deputados estaduais todos em primeiro mandato; então faltava ter alguém com envergadura política que a gente conseguisse dar uma projeção maior”.
PREPARANDO O TERRENO
Ao prosseguir com o raciocínio, a deputada fez também projeções que podem deixar presumir futuras candidaturas de nomes saídos da região. “Tudo isso é uma construção, é como uma família que vai crescendo. Nas próximas eleições, a gente já tem, por exemplo, no Estado de São Paulo, o Rogério e o Igor, prefeitos reeleitos, que fizeram boa gestão, que apresentaram sua marca, que são novos, que são orgânicos. Então, se for para ter candidaturas majoritárias, hoje a gente já formou esses nomes e tem novos vindos, como os prefeitos de Mogi das Cruzes, Carlos Cunha; de São Vicente, Kayo Amado; o vice-prefeito de São Sebastião, Reinaldinho; o Guto, vereador de Carapicuíba, que quero muito que ele saia candidato a prefeito; a ideia é criar uma máquina e formar esses líderes e criar uma projeção de pessoas orgânicas no partido”, disse.
Sobre sua atuação pessoal nesse processo todo, ela se colocou na terceira pessoa e afirmou: “Então, a Renata é meramente a arquiteta, a instrumentadora desse grupo. Se tiver o interesse do grupo numa outra candidatura, a gente está à disposição, porque agora a gente está em condições de preparar a sucessão do mandato, enfim…mas o projeto principal é o fortalecimento do Podemos no Brasil”.
A reportagem do Página Zero questionou, então, diretamente a deputada: “Podemos presumir que vocês estão se preparando?”, ao que ela respondeu: “Estamos nos preparando para voos maiores; não só meu, como dos líderes no Brasil inteiro; desses líderes que estamos formando no Brasil”.
‘BRAÇO IMPORTANTÍSSIMO’
Sobre o alinhamento ou a relação com os governos hoje instalados no país e no Estado de São Paulo, Renata A breu lembrou que o Podemos pode ser considerado um partido independente. “Temos políticos na oposição ao governo Lula e outros cujos eleitores votaram no atual presidente. Eles, no entanto, estão atentos às pautas prioritárias das suas respectivas populações, cada um na sua região, com liberdade de votar a favor ou contra os projetos apresentados, se tecnicamente eles forem bons ou ruins para o país”.
Nesse processo, a deputada foi questionada sobre a eleição a deputado estadual, pelo Podemos, do osasquense Gerson Pessoa e se, num primeiro mandato, ele já terá a possibilidade de boa articulação com o governo paulista, que tem Tarcísio de Freitas, do Republicanos, no comando.
“A eleição do Gerson, assim como dos novos deputados, é fantástica; pois essa turma chega com muita vontade de fazer a diferença, de quebrar paradigmas. No caso do Gerson, a região ganha muito, porque a maior parte das demandas dos prefeitos é junto ao governo do Estado e não havia quase representação. A região ganha um braço importantíssimo nesse sentido. O Gerson é extremamente acessível”, finalizou a deputada.
Durante a visita ao Página Zero, Renata Abreu esteve acompanhada pelo presidente do diretório de Osasco do Podemos, Gelso Lima; e das assessoras Ivany Soares e Emília Cordeiro.