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Nova sala de terapia habilita Hospital Antônio Giglio a ingressar no combate à Covid-19 com a utilização de plasma

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O prefeito Rogério Lins (esq.) esteve vistoriando o hospital nesta semana (Foto: Marcelo Deck)

Dentro de suas alternativas para combater o coronavírus e a pandemia de Covid-19, o Instituto Butantan apresentou, há alguns meses, a iniciativa de se usar o plasma de pacientes que já contraíram a doença, como alternativa de tratamento àqueles que se encontram no estágio inicial da contaminação.
O tratamento com plasma, que é a parte líquida do sangue, já foi adotado no combate a outras doenças, como na pandemia da gripe espanhola, em 1918. Quando uma pessoa contrai um vírus como o da Covid, o seu sistema imunológico cria anticorpos, que podem ser encontrados no plasma. Através de um processo de doação de sangue, esse plasma rico em anticorpos pode ser coletado de uma pessoa curada da doença e depois aplicado em paciente doente.
Para levar tal projeto adiante, o Instituto Butantan tem procurado parceiros, seja na rede hospitalar particular ou pública, através dos municípios de todo o país, principalmente dentro do Estado de São Paulo. Um dos primeiros a ingressar nessa “corrente” foi o município de Osasco, que já prepara seu principal hospital público para a adoção do sistema.
Por isso, na terça-feira, 15, o prefeito Rogério Lins (Pode) esteve no Hospital Municipal Antônio Giglio vistoriando as instalações da nova Sala de Terapia de Plasma Convalescente, recém-implantada na unidade e que será a Central de Terapia Transfusional de plasma (de doadores curados do novo coronavírus), para tratar pacientes da Covid-19 que estejam na fase inicial dos sintomas, mas não necessariamente internados.
A biologista Kátia Cristina Donner São Félix, responsável pelo Banco de Sangue do Hospital Municipal, explicou que para ter efeito, o tratamento deve ser iniciado precocemente em pacientes infectados já no início do ciclo da doença, ou seja, até 72 horas do aparecimento de sintomas (tosse, febre, dor de garganta, coriza) para que haja boa eficácia no tratamento e assim ofereça maior oportunidade de recuperação, evitando um agravamento da doença.
Segundo Kátia, não são todos os que podem receber o plasma. Um médico é quem pode avaliar e saber se a pessoa tem elegibilidade para receber o plasma convalescente.
“O procedimento para a transfusão do plasma convalescente no paciente é simples e dura em torno de 1h30 a 2 horas. Após esse período, a pessoa recebe alta e é acompanhada pelas equipes da saúde”, complementou a biologista.

PRIMEIRAS BOLSAS

As doações dos plasmas convalescentes não serão feitas no Hospital Municipal. As bolsas doadas, que têm uma quantidade grande de anticorpos, serão oriundas do Instituto Butantan. O hospital é apenas o recebedor dos plasmas. Na terça-feira, 16/6, o Hospital Antônio Giglio recebeu as primeiras bolsas de plasmas enviadas pelo Instituto Butantan.
Inicialmente, as três unidades da rede municipal que serão atendidas com o tratamento de plasma convalescente são: o próprio Hospital Municipal Antônio Giglio e os Prontos-socorros da Vila Ayrosa e do Jardim Santo Antônio. Os pacientes de ambos os prontos-socorros serão levados por equipes da Saúde até a Sala de Terapia, onde receberão a transfusão e, ao término do processo, retornarão para suas respectivas unidades para acompanhamento médico.
A ideia da parceria entre a Prefeitura de Osasco e o Instituto Butantan surgiu em maio deste ano, quando o prefeito Rogério Lins, ao buscar novas alternativas para combater a Covid-19, esteve no Instituto para saber um pouco mais sobre esse procedimento. O prefeito e o secretário de Saúde, Dr. Fernando Machado, foram convidados pelo Instituto Butantan para conhecer o modelo, apresentado pelo próprio diretor técnico Dimas Covas.

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