O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na quarta-feira, 18, uma recomendação para que todos os shoppings e academias dos municípios da Região Metropolitana de São Paulo fiquem fechados até 30 de abril, como mais uma medida que visa proteger a população do contágio pelo novo coronavírus, evitando a aglomeração de pessoas em locais fechados durante a pandemia.
Inicialmente, em entrevista coletiva, Doria anunciou que o fechamento era uma “determinação” do governo, impondo naturalmente a obrigatoriedade para que tais centros fossem fechados a partir da segunda-feira, dia 23. “Todos os shopping centers deverão ser fechados”, disse inicialmente e, em seguida, confirmou a obrigatoriedade: “O fechamento é determinado até o dia 30 de abril”, disse.
Pouco tempo depois, em material divulgado à imprensa, a assessoria do governador informava que não se tratava de uma “determinação” e apenas uma “recomendação”, o que tira naturalmente a obrigatoriedade daqueles que não pretendam seguir a orientação.
A paralisação das atividades não se estende a estabelecimentos do Interior e do Litoral do Estado. Segundo o governador, a medida foi tomada após discussões com representantes dos dois setores e avalizada por especialistas do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo, coordenado pelo médico infectologista David Uip.
A meta é que os shoppings e academias da Grande São Paulo estejam totalmente fechados a partir da próxima segunda-feira. O Estado recomendou que empresários e lojistas concedam férias coletivas a funcionários durante o período de paralisação e evitem demissões.
“A nossa recomendação é para que os empregadores não demitam e preservem os empregos. O coronavírus não se eterniza, ele tem um prazo determinado”, declarou Doria. O governador disse ainda que outros estabelecimentos comerciais, como bares, lanchonetes, restaurantes e padarias estão liberados para funcionar normalmente, mas que as medidas de enfrentamento ao coronavírus são revisadas diariamente.