A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), após reunião na manhã de quinta-feira, 19, com os clubes que estavam participando da Superliga feminina, divulgou que a competição está definitivamente encerrada e não terá campeão nesta edição.
Os jogos já estavam suspensos desde o sábado, 14/3, por conta da pandemia da Covid-19, mas a rápida proliferação do coronavírus agravada pela divulgação dos primeiros óbitos causados pela doença no país, levou a entidade a radicalizar e a propor o encerramento sumário do torneio. Os votos foram dados por videoconferência e, das 12 equipes participantes, 6 votaram a favor de encerrar a temporada e 2 por aguardar novas definições (Minas e Sesi Bauru). Não foram divulgadas as posições das paulistas São Caetano, Valinhos e Pinheiros, além da do Flamengo (RJ). A Comissão das Atletas da Superliga acompanhou a maioria, encerrando o placar pela interrupção por 7×2.
Entre as equipes que votaram favoráveis ao cancelamento figuram as duas representantes da região, Osasco Audax e São Paulo/Barueri, ao lado do Praia Clube (MG), Sesc RJ, Fluminense (RJ) e Curitiba (PR). Como as demais, osasquenses e tricolores também concordaram que nenhuma levantará o troféu desta edição e que a classificação final será a mesma da primeira fase — na qual as partidas foram disputadas em turno e returno e apontaram as seguintes posições ao término de 22 rodadas: Praia Clube (MG); Sesc RJ; Minas (MG); Vôlei Bauru (SP); Osasco Audax (SP); São Paulo/Barueri (SP); Fluminense (RJ); Curitiba (PR); Pinheiros (SP); Flamengo (RJ); Valinhos (SP); e São Cristóvão (SP). Osasco ficaria, portanto, com a quinta colocação, seguida imediatamente por Barueri.
“Mais uma vez colocamos nossa opinião, pelo fim do campeonato visando ao bem de todos os envolvidos, e demos direito de voto aos clubes”, informou o superintendente de Competições Quadra da CBV, Renato D´Avila. “A maioria demonstrou pensar como a CBV e está decretado o fim desta temporada”, prosseguiu o dirigente. “Sentimos muito por ver a Superliga terminar dessa forma, mas sabemos que é absolutamente necessário”.
Antes da decisão de quinta-feira, 19, a Superliga ficaria parada ao menos por 15 dias, conforme a deliberação inicial da CBV divulgada no sábado, 14, momentos depois de Vôlei Bauru e Osasco Audax resolver que não entrariam em quadra para disputarem no Ginásio Panela de Pressão, em Bauru, a primeira partida entre ambas válida pela melhor de três das quartas de final. Os outros confrontos que definiriam as semifinalistas seriam Praia Clube x Curitiba, Sesc RJ x Fluminense e Minas (campeã da temporada 2018-19) x São Paulo/Barueri.