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Governo começa a distribuição de testes rápidos do coronavírus e SP monta força-tarefa para acelerar resultados

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Para o ministro Luiz Henrique Mandetta, “muita gente vai ganhar imunidade grátis”

Em meio a uma série de reclamações – de pacientes e de autoridades – de que os testes para a comprovação da infecção pelo novo coronavírus não têm sido satisfatórios, e que algumas mortes pela doença sequer são registradas sem a sua concretização, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na quarta-feira, dia 1º/4, que o Estado irá ampliar o serviço.
“Vamos reforçar a rede de exames e garantir, desta forma, um monitoramento efetivo sobre a circulação do coronavírus em nosso Estado. Assim, poderemos adotar as medidas necessárias para proteger nossa população”, disse Doria em entrevista concedida no Palácio dos Bandeirantes, na Capital.
As unidades regionais do Instituto Adolfo Lutz, situadas em Santo André, Sorocaba, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto, estarão habilitadas a processar amostras, com capacidade de 500 exames por dia em um primeiro momento, podendo chegar até mil.
Nesta semana, segundo a Secretaria da Saúde, chegariam, ainda, 20 mil kits de testes importados e 10 mil enviados pela Fiocruz, que seriam distribuídos entre o Instituto Adolfo Lutz e outros laboratórios credenciados.
A Secretaria também passa a processar 720 amostras por dia no Centro Estadual de Análises Clínicas (Ceac) da zona Norte, unidade que já é do governo do Estado. Nesse local, serão processadas amostras de 43 hospitais da rede estadual da Grande São Paulo.
De acordo com o governador, essa força-tarefa também inclui o processamento de 201 amostras de óbitos suspeitos, que estavam pendentes, e que deveriam ter seu diagnóstico até esta sexta-feira, dia 3.

500 MIL

Também na quarta-feira, dia 1º, o Ministério da Saúde iniciou a distribuição de 500 mil testes rápidos para diagnóstico de coronavírus (Covid-19) no país. Os testes irão atender os profissionais que atuam nos serviços de saúde, além de agentes de segurança como policiais, bombeiros e guardas civis com sintomas de síndrome gripal. Este é o primeiro lote de um total de 5 milhões de testes rápidos adquiridos pela Vale e doados ao Ministério da Saúde.
Desse primeiro lote, serão enviados aproximadamente 204,3 mil testes para o Sudeste; 120,2 para o Nordeste; 71,8 mil para o Sul; 35,5 mil para o Centro-Oeste e 36,9 mil para a região Norte. A expectativa é de que todos os estados estejam abastecidos com essa primeira remessa dos testes rápidos até o fim da semana.
“Os testes rápidos devem ser feitos somente após o sétimo dia do início dos sintomas. Ele serve apenas para marcar se a pessoa tem ou não o anticorpo que combate o vírus. Vai mostrar se você já teve no passado, e nesse caso está imune, ou se tem o vírus no período latente da doença”, explicou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Muita gente vai ganhar imunidade grátis, não vão ter nem sintomas”, completou.
Os testes estão em análise pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e o Ministério da Saúde está ajustando as instruções e elaborando uma nota informativa com recomendações e orientando o uso para garantir a adequada utilização pelos estados e municípios. O teste rápido será usado como uma ferramenta para auxílio complementar no diagnóstico da Covid 19.
O restante dos testes rápidos doados pela Vale (4,5 milhões) deverá chegar ao Brasil ainda neste mês de abril. A previsão é de entrega de 1 milhão de testes por semana.