Decisão da Hyundai de estender garantia dos veículos por conta do coronavírus deve atingir outras montadoras
Com o propósito de ajudar clientes que tenham dificuldades em conseguir atendimento de assistência técnica para seus carros nestes tempos de pandemia do coronívus, a Hyundai anunciou nesta semana que irá estender a garantia de mais de um milhão de veículos ao redor do mundo.
Nos Estados Unidos, por exemplo, os proprietários de veículos com garantia de 5 a 10 anos (ou 60 mil e 100 mil milhas) que veriam o auxílio expirar entre março e junho deste ano terão a garantia prorrogada até 30 de junho, pelo menos.
A iniciativa anunciada nos Estados Unidos deverá também se estender a veículos da Hyundai em 175 países, chegando a pouco mais de 1,2 milhão de carros.
Apesar da recente divulgação da Hyundai americana, no Brasil, o site da montadora contém apenas a informação de que as garantias estão asseguradas até 30 de abril e que haverá nova tolerância de quilometragem. O site publica o seguinte texto: “Não se preocupe: sua garantia e revisão estão asseguradas. Buscando oferecer o máximo de bem-estar aos clientes, informamos que as manutenções e garantias dos veículos serão asseguradas no período de 10 de março de 2020 até 30 de abril de 2020, sendo possível a prorrogação de acordo com as recomendações dos órgãos de saúde. A tolerância de quilometragem será ampliada para 2.000 km. Caso o veículo ultrapasse essa tolerância, o veículo deverá passar por uma inspeção. Assim, caso necessite fazer uma revisão a fim de não perder a garantia, você poderá realizar o serviço em um momento mais oportuno”. Essa informação no site está atualizada com data de 23 de março de 2020.
À reportagem do jornal Página Zero, no entanto, nesta semana a assessoria de imprensa da Hyundai informou que esse prazo já foi estendido até o dia 31 de maio de 2020.
Além do anúncio da Hyundai, acredita-se que outras montadoras deverão seguir o exemplo. Mesmo que não tenham planos para tais extensões de garantias; e em face das decisões governamentais em determinar cada vez mais o isolamento social como forma de combate à pandemia; acredita-se que os órgãos de defesa do consumidor possam obrigá-las a seguir o mesmo caminho.