CPTM cria novas salas de acolhimento a mulheres em estações da região

Desde a terça-feira, dia 1º de setembro, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) passou a contar com cinco novos Espaços Acolher em suas estações. Os locais têm como objetivo dar atendimento humanizado e com privacidade a mulheres vítimas de violência ou importunação sexual nos trens e estações da companhia.
“Se uma mulher quiser a nossa ajuda ela poderá recebê-la em qualquer estação, mas se quiser um Espaço Acolher, o objetivo é que ela tenha que se movimentar por apenas mais uma estação para ter um atendimento mais reservado”, explicou Pedro Moro, presidente da CPTM.
Duas dessas novas salas foram criadas no trajeto da linha 9-Esmeralda, que atende a passageiros da região Oeste: uma na estação Osasco e outra na Villa Lobos-Jaguaré. Outros três novos espaços foram implantados nas estações Francisco Morato (linha 7-Rubi); Santo André (linha 10-Turquesa) e Brás (que atende às linhas 7, 10, 11 e 12, respectivamente Rubi, Turquesa, Coral e Safira).
As duas novas salas da linha 9-Esmeralda se juntam a outras duas já existentes na linha 8-Diamante, que também atende a região: elas estão nas estações de Jandira e Carapicuíba. Com isso, a CPTM passou a oferecer 23 e prevê um total de 35 espaços similares até o final deste ano.
O Espaço Acolher faz parte do programa “Em Movimento Por Elas”, lançado em março deste ano em parceria com o Instituto Avon. O programa consiste na formulação de políticas públicas no âmbito da companhia, criando uma rede de proteção às mulheres com base em implementação de projetos internos e externos que permitam o fortalecimento da autoestima, visibilidade para questões de gênero e combate à violência contra a mulher.
Dados divulgados após uma pesquisa promovida pela companhia apontam que 47,6% das mulheres já sofreram ou conhecem mulheres que já sofreram algum tipo de importunação sexual no transporte público em geral; sendo que 69,3% destes crimes aconteceram dentro de trens; 14,7% no Metrô e 11,7% em ônibus. Dessas, apenas 15,6% denunciaram. A Pesquisa Voz Feminina CPTM foi feita em 2018, 2019 e também em março, com 1,2 passageiras.