A notícia de que os números de casos confirmados e também os de óbitos provocados pelo novo coronavírus no Brasil vêm decrescendo, já está difundida há algumas semanas; apesar dos números emblemáticos apresentados pela pandemia: afinal, são mais de 5 milhões de pessoas infectadas em todo o país, com mais de 150 mil mortes. No Estado de São Paulo, além do número de casos ter superado a casa de 1 milhão, as mortes também se aproximam das 40 mil.
Em números atualizados até a quarta-feira, 14, data em que há o corte de cálculo do jornal Página Zero para publicação em sua edição semanal, a média de casos no Brasil foi de 20.024 por dia entre 8 e 14/10, contra 26.578 casos diários há duas semanas, entre 24 e 30 de setembro. Assim, na comparação entre esses dois períodos, a média móvel teve uma queda de 24,65%. Maior ainda foi a oscilação do número de mortes: na última semana (entre 8 e 14/10), a média de óbitos por dia no país foi de 503, enquanto há duas semanas (24 a 30/9) era de 710, numa redução de 29,15%.
No Estado de São Paulo, a redução também é sentida de forma acentuada no mesmo período: em número de casos confirmados, a última semana (8 a 14/10) teve uma média de 4.043 casos por dia, contra 4.808 há duas semanas (24 a 30/9). Redução de 15,91% na média móvel. Os casos de óbitos também tiveram queda, ainda maior: foram 124 mortes por dia na última semana (8 a 14/10), uma redução de 22,98% em relação às 161 mortes há duas semanas (24 a 30/9).
NA REGIÃO
Na região Oeste da Grande São Paulo, a despeito de algumas cidades preservarem certa irregularidade na divulgação de seus balanços diários, a queda nos índices das médias móveis é sentida apenas em relação aos óbitos; isso por conta dessas discrepâncias apresentadas nos relatórios das prefeituras. Por exemplo: na semana anterior a 2 de outubro, a Prefeitura de Carapicuíba tinha o registro de 8.874 casos. De repente, uma semana depois, diminuiu os casos confirmados para 8.359, sem explicação. Quase 500 casos semanais que fazem diferença nos cálculos. Com relação aos óbitos na região, nesta última semana o registro foi de uma média em torno de 3,85 casos diários. Na comparação com a média de 6,6 óbitos por dia de duas semanas atrás, houve, portanto, uma redução de 41,66% nessa média móvel.
CALOR X FRIO
Os números da base de cálculo de todas as autoridades de saúde começaram a baixar no final de setembro e no início de outubro, curiosamente (ou coincidentemente) com a onda de calor intenso que assolou diversos estados brasileiros. Enquanto isso, na Europa, com a chegada do frio de outono, a chamada “segunda onda” da pandemia vem atingindo a quase todos os países, fazendo com que suas autoridades voltem a adotar medidas drásticas e restritivas em relação ao isolamento social.
No caso brasileiro, com a chegada do verão, a expectativa é que os números continuem em queda. Até o próximo outono, em meados março, também a expectativa é que pelo menos uma vacina já esteja imunizando os brasileiros.