Se algumas cidades comemoram o fato de terem ampliado sua participação feminina na Câmara de Vereadores, como é o caso de Barueri, por exemplo; por outro lado, em termos gerais, a região manteve exatamente a mesma representação de mulheres nos legislativos, comparando-se com os números da última eleição municipal, em 2016.
Naquela oportunidade, os eleitores da região haviam escolhido 13 mulheres para representá-los, com a seguinte composição: Carapicuíba, Itapevi e Osasco (3 vereadoras cada); e Pirapora e Santana de Parnaíba (2 cada). Nenhuma mulher havia sido eleita tanto em Barueri como em Jandira.
Na eleição deste ano, encerrada no último dia 15 de novembro, a situação se inverteu de forma agressiva em algumas cidades, ora para o lado bom, ora para o lado ruim de quem gostaria de ver a participação feminina aumentada na região.
Foi o caso, por exemplo, de Barueri, que saiu do zero na eleição de 2016 e neste ano escolheu quatro candidatas. Um recorde para a cidade.
Em compensação, Carapicuíba tinha três representantes do sexo feminino desde 2016 e, agora, simplesmente não terá nenhuma. Duas delas já eram conhecidas, já que Néia Costa (PSD) resolveu lançar-se candidata a prefeita; Emilia Ramalho (MDB) nem se candidatou e a Professora Cida Carlos (PT), com 964 votos, não se reelegeu.
Além de Carapicuíba, que “zerou” sua cota de mulheres na Câmara, também Pirapora do Bom Jesus perdeu as duas únicas que as representavam: a atual presidente, Cris Bugallo (PSL), sequer se candidatou e Natália Silveira (DEM), com 223 votos, não se reelegeu.
Assim, além de Carapicuíba e Pirapora, que passam a contar somente com homens em seus quadros, junta-se a elas Jandira, que repete o fato, assim como ocorrera no pleito de 2016.
Em Osasco, das três vereadoras que ainda cumprem mandato até o final deste ano, a Doutora Régia (PDT) não se candidatou; enquanto Ana Paula Rossi (PL) e Lúcia da Saúde (Pode), reeleitas, ganharão a companhia de Juliana da Ativoz (PSol), eleita para um primeiro mandato com 1.837 votos.
Em duas cidades – Itapevi e Santana de Parnaíba – a situação permanece a mesma da eleição de 2016. E segue sem mudanças não só no número de mulheres eleitas em cada uma das Câmaras (3 em Itapevi e 2 em Santana de Parnaíba), como também as mesmíssimas representantes foram as que garantiram a repetição do mandato, conquistando a reeleição.
Foi o caso, em Itapevi, das vereadoras Tininha (PSD), Profa. Camila Godoi (PSB) e Mariza Borges (Pode); e em Santana de Parnaíba, com Sabrina Colela (Avante) e Enfermeira Nelci (PL).
Neste último caso, mesmo com a repetição do número e nomes das representantes, resta um argumento para comemoração: Sabrina Colela, em Santana de Parnaíba, foi a mais bem votada na cidade para o novo mandato (2.526 votos), sendo a única em toda a região que obteve tal conquista. Nas outras seis cidades da região, somente homens chegaram ao patamar dos mais votados em suas respectivas cidades.
Para as prefeituras, o cenário também é o mesmo: em 2016, foram sete prefeitos homens, número repetido este ano. A novidade ficou para o cargo de vice-prefeita: eram duas até os mandatos que se encerram em dezembro, Ana Maria Rossi (Osasco) e Gilmara Gonçalves (Carapicuíba) que, reeleitas, terão a partir de janeiro a companhia da parnaibana Rosália Dantas (PSDB).
Os nomes de todos os vereadores eleitos estão nas páginas alusivas à eleição em cada cidade; e as listas com todos eles (mesmo os não eleitos) também estão distribuídos nas páginas desta edição do jornal Página Zero.