O Ministério da Saúde apresentou na terça-feira, dia 1º/12, definições preliminares da estratégia que deverá pautar a vacinação da população contra a Covid-19. Pontos como grupos prioritários, eixos estratégicos do plano operacional, expectativas de prazos, investimento na rede de congelamento para armazenamento frio das doses, processos de aquisição de agulhas e seringas para atendimento da demanda e as fases da vacinação dos grupos prioritários foram tratados durante o encontro.
Na ocasião, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, frisou a importância de viabilizar o Plano de Vacinação e reforçou que o Ministério e entidades parceiras possuem ampla base técnica para elaboração das estratégias de forma a atender com excelência a todos os objetivos propostos no plano. “É um grande desafio que temos pela frente. Mas temos capacidade técnica, tempo, expertise e pessoas reunidas com vontade de fazer o melhor plano do mundo”, afirmou.
O ministro Pazuello observou, ainda, que o SUS tem hoje o maior programa de vacinação do mundo, o que fortaleceria a estratégia de vacinação contra a Covid-19.
Além do Ministério, integram o grupo de discussão a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); o Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS); a Fiocruz; o Instituto Butantan; o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar); sociedades médicas; conselhos federais da área da saúde; Médicos Sem Fronteiras e integrantes dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
QUATRO FASES
Durante a reunião, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério, Francieli Fontana, detalhou que a vacinação deverá obedecer a quatro fases, conforme critérios logísticos de recebimento e da distribuição das doses. As fases desenhadas pela equipe técnica priorizam grupos e levam em conta informações sobre nuances epidemiológicas da Covid-19 entre os brasileiros, bem como comorbidades e dados populacionais.
Na primeira fase, deverão entrar trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena. Em um segundo momento, pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras). A quarta e última fase abrangerá professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
Francieli asseverouque o planejamento dos grupos a serem vacinados e suas fases é preliminar e poderá sofrer alterações a depender de novos acordos de aquisição de vacinas com outras farmacêuticas, após resultados dos estudos das vacinas candidatas e regulamentação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).