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Mesmo sem vacina definida, governo paulista apresenta calendário de imunização ao coronavírus

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Governo de SP apresenta plano de vacinação para janeiro; só falta a vacina

O governador João Doria (PSDB) usou suas usuais entrevistas coletivas de imprensa, desta vez realizada no Palácio dos Bandeirantes na segunda-feira, 7, para lançar o Plano Estadual de Imunização contra o coronavírus. A campanha, segundo calendário apresentado por Doria, vai começar no dia 25 de janeiro, com prioridade para profissionais de saúde, pessoas com 60 anos ou mais e grupos indígenas e quilombolas na primeira etapa.
“A vacina será gratuita para todos no sistema público de saúde do Estado de São Paulo”, afirmou o governador. “Não estamos virando as costas para o Plano Nacional de Imunizações, mas precisamos ser mais ágeis e, por isso, estamos nos antecipando. Somos todos a favor da vida e de todas as vacinas”, acrescentou Doria que, certamente, estava se antecipando a possíveis cobranças ou críticas de que seu planejamento antecede, inclusive, a própria aprovação de uma vacina por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Como se sabe, o governo paulista, através do Instituto Butantan, firmou acordo internacional com a biofarmacêutica Sinovac Biotech para produção e distribuição da CoronaVac, que ainda depende de finalização dos testes no país para eventual aprovação da Anvisa.

18 MILHÕES DE DOSES

Independentemente dessa situação, Doria foi adiante em seu programa, prevendo que 9 milhões de pessoas sejam imunizadas na primeira etapa, com a aplicação de 18 milhões de doses. O público-alvo prioritário abrange trabalhadores que estão na linha de frente do combate à Covid-19, indígenas e quilombolas e também a faixa etária com maior índice de letalidade pela doença: de acordo com seus números, 77% das mortes provocadas pelo coronavírus até agora são de pessoas com mais de 60 anos.
A campanha será coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde e implementada em parceria com as 645 prefeituras de São Paulo. O objetivo é dobrar o total de postos de vacinação dos atuais 5,2 mil para até 10 mil.
O governo do Estado deverá propor aos municípios a adoção de normas especiais para vacinação em farmácias, quartéis da Polícia Militar, escolas, terminais de ônibus e postos volantes em sistema drive-thru. O objetivo é garantir a segurança da população e evitar aglomerações nos locais de imunização.
A estimativa é que o esquema de logística e segurança pública para o Plano Estadual de Imunização envolva cerca de 79 mil profissionais, com 54 mil trabalhadores do setor de saúde e 25 mil agentes de segurança, entre policiais militares e guardas civis municipais.
O cronograma estipula cinco etapas de vacinação a partir do início da campanha (ver quadro). Até o fim de março, o governo de São Paulo estima que quase 20% dos 46 milhões de habitantes do Estado estejam imunizados com duas doses da CoronaVac.
Doria e sua equipe preveem que o resultado da fase 3 com o índice de eficácia do imunizante será divulgado na próxima semana, até o dia 15.
Se tudo ocorrer como pretende o governo de São Paulo em relação à aprovação da vacina pela Anvisa, cerca de 4 milhões de doses deverão ainda ser disponibilizadas para outros estados do país.

 

– 25 de janeiro a 28 de março
– 9 semanas de duração
– 18 milhões de doses
– Duas aplicações por pessoa, com intervalo de 21 dias entre a
primeira e a segunda dose

Cronograma de vacinação:

Dose 1:
25/01 Profissionais da Saúde, indígenas e quilombolas
08/02 Pessoas com 75 anos ou mais
15/02 Pessoas com 70 a 74 anos
22/02 Pessoas com 65 a 69 anos
01/03 Pessoas com 60 a 64 anos

Dose 2:
15/02 Profissionais da Saúde, indígenas e quilombolas
01/03 Pessoas com 75 anos ou mais
08/03 Pessoas com 70 a 74 anos
15/03 Pessoas com 65 a 69 anos
22/03 Pessoas com 60 a 64 anos

Doria ainda não apresentou vacina para aprovação da Anvisa
Governo do Estado de São Paulo (Foto: Governo do Estado de São Paulo)