O governo do Estado de São Paulo reuniu a imprensa no Palácio dos Bandeirantes na quinta-feira, 7, e um dos temas a serem abordados seria a reclassificação do Plano São Paulo de combate ao coronavírus. No final de 2020, o governo já havia recuado todo o Estado para a fase amarela do Plano, determinando somente à região de Presidente Prudente a inclusão na fase vermelha, a mais restritiva de todas em relação a horários e abertura do comércio em geral.
Na quinta-feira, 7, no entanto, o governador João Doria (PSDB) restringiu a entrevista apenas às considerações da vacina Coronavac, adiando a possível classificação para esta sexta-feira, 8. A expectativa de prefeitos e veículos de imprensa é que o governo mantenha o mapa de cores na mesma situação em que encerrou 2020, com a possibilidade de que a região do Vale do Paraíba seja rebaixada para a fase laranja.
Todo esse processo de possível requalificação das cidades em relação ao Plano SP tem usado como principal argumento a forte redução no número de leitos disponíveis para o tratamento dos portadores da Covid-19. Em relação aos municípios da região Oeste da Grande São Paulo, eles devem permanecer na fase amarela, que determina, principalmente, aos shoppings centers, aos restaurantes e ao comércio em geral o atendimento limitado a 40% da capacidade total do local, além do funcionamento limitado a 10 horas.
VACINA: 78%
O governo paulista, assim, tratou apenas da temática da vacina, reforçando seu plano de imunização da população contra a Covid-19, baseado na utilização da vacina chinesa Coronavac, administrada no Estado pelo Instituto Butantan. De acordo com o plano, a vacina deverá ser apresentada ainda nesta sexta-feira, 8, em Brasília, para aprovação emergencial pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) e a data para início da imunização da população paulista, respeitando-se o público prioritário, fica mantida para 25 de janeiro.
De acordo com o governo e com o Butantan, a vacina desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica Sinovac Life Science finalizou seus estudos e apresentou eficácia mínima de 78% nos testes efetuados no Brasil.
200 MIL
Com números crescentes desde o final do ano passado, os casos de coronavírus no Brasil saltaram na quinta-feira, 7, a 7.961.673. No mesmo dia, o número de mortos atingiu outra marca emblemática: mais de 200 mil desde o início da pandemia, em março do ano passado (ver quadro). Ainda nesta sexta-feira, 8; ou no máximo sábado, 9; o Brasil deve superar a marca dos 8 milhões de casos contabilizados.