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Atletas ligados à região fazem história nas Olimpíadas de Tóquio

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Após pouco mais de três semanas, os Jogos Olímpicos de 2020, iniciados em Tóquio no dia 23 de julho, serão encerrados oficialmente no domingo, 8 de agosto, a partir das 8 horas de Brasília (DF). A 32ª edição da competição deveria ter sido disputada no mesmo período do ano passado, mas foi adiada devido à primeira onda da pandemia do novo coronavírus e, enfim iniciada, levou ao Japão 11 mil atletas, de pelo menos 204 países, para a disputa de 45 modalidades, das quais o Brasil participou de 37, com uma delegação de 305 atletas.
Até o fechamento desta edição na quinta-feira, 5, esse time havia conquistado um total de 16 medalhas (4 de ouro, 4 de prata e 8 de bronze), pelas quais ocupava a 16ª posição. E apresentava em suas fileiras alguns nomes ligados ao desporto na região.
O pugilista Abner Teixeira, por exemplo, nascido em Osasco, faturou medalha de bronze da categoria peso pesado (até 91 kg), mesmo derrotado na semifinal pelo cubano Júlio Cesar La Cruz. O boxe é uma modalidade olímpica na qual não há disputa pelo terceiro lugar, por isso quem chega entre os quatro melhores já garante uma medalha de bronze. Teixeira mudou-se em 2011 para Sorocaba, no Interior paulista e lá, aos 15 anos, ingressou no projeto social “Boxe – uma luz para o futuro”, abrindo o caminho para sua jornada em Tóquio.
A medalha de bronze da dupla de tenistas Laura Pigossi e Luísa Stefani também passa pela cidade de Osasco, onde Laura já fez parte dos quadros da Secretaria de Esportes, Recreação e Lazer (Serel): treinou dos 11 aos 21 anos, orientada por Renato Messias. A Prefeitura, ao comemorar o feito da tenista, destacou que sempre soube do potencial da ex-aluna, principalmente para a modalidade em duplas, mas não deu explicações em sua nota à imprensa sobre porque não conseguiu mantê-la competindo pelo município.
Osasco também foi representada nos Jogos Olímpicos pelo técnico de vôlei Luizomar de Moura, atual comandante do time feminino do Osasco Audax e que, do outro lado do mundo, esteve à frente da seleção de Quênia e chegou, inclusive, a enfrentar o Brasil: em 2 de agosto, no encerramento da fase de classificação, quando a seleção brasileira venceu por 3×0. Do grupo brasileiro convocado pelo treinador José Roberto Guimarães, quatro jogadoras do Osasco Audax (Tandara, Camila Brait, Roberta e Bia) convivem com Moura. Já de volta ao Ginásio de Esportes Professor José Liberatti, em Presidente Altino, ele treinou a seleção africana a convite da Federação Internacional de Voleibol (FIB), coordenadora do projeto “Volleyball Empowerment” para desenvolver a modalidade em países com infraestruturas debilitadas em comparação com as grandes potências do vôlei.

PARAOLÍMPIADA

Depois dos Jogos Olímpicos, as atenções do mundo vão se voltar para as Paraolimpíadas, que começarão no dia 24, também em Tóquio. O Brasil enviará à competição 253 atletas cotados para conquistar um bom número de medalhas, incluindo entre eles Samuel Henrique Arantes, integrante da equipe de vôlei sentado da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Barueri, convocado para integrar a seleção brasileira da modalidade, considerada a segunda melhor do mundo. Aos 34 anos, Samuel Henrique já tem no currículo duas medalhas de ouro (uma em 2019, ganha durante os Jogos Parapan de Lima, no Peru, e outra em 2011, pelos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, no México).

Quadro de medalhas do Brasil

(Obs.: Medalhas computadas até a tarde de quinta-feira, dia 5/8)

Laura Pigossi (esq.) com a parceira Luísa Stefani, foi dos quadros da Serel por 10 anos – Foto: Wander Roberto/COB
Luizomar de Moura orienta as jogadores do Quênia durante jogo contra o Brasil, no Japão – Foto: Valentyn Ogirenko / Reuters
Abner Teixeira (à esq.), nascido em Osasco, faturou bronze no pugilismo até 91 kg – Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br
Samuel Henrique, da seleção brasileira de vôlei sentado paraolímpico, é atleta de Barueri