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Nova estimativa populacional do IBGE aponta região Oeste com 1,922 milhão de habitantes

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Em Osasco está registrada a maior população dentre as sete cidades da região

Nova estimativa do IBGE aponta crescimento populacional de 0,73% nas sete cidades da região

Mesmo sem recursos governamentais para promover o seu tradicional Censo Demográfico, que deveria ser realizado em 2020, o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou na semana passada, na sexta-feira, 27/8, um levantamento que aponta a estimativa populacional de todo o país para o momento atual. Segundo tal estudo, a população brasileira chegou a 213,3 milhões de habitantes, com números lançados até o dia 1º de julho de 2021.
Apesar da não realização do Censo, promovido geralmente a cada dez anos; a projeção da população é realizada pelo IBGE todos os anos. A estimativa, por exemplo, é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos. “As projeções de população do Brasil e dos estados não somente subsidiam as estimativas municipais, mas também ajudam a pensar no futuro da população. E pensar no futuro é importante porque nos mostra os desafios que teremos pela frente”, ressaltou Márcio Mitsuo Minamiguchi, gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE. Ele completa: “Como a população é uma variável muito importante, não é possível termos esse número atualizado somente no momento do Censo; logo as estimativas e projeções da população visam cobrir essa necessidade de termos conhecimento para períodos mais curtos que o Censo Demográfico”.

MAIORES E MENORES

Os dados apontam para uma concentração da população em grandes cidades. São 17 municípios com mais de 1 milhão de habitantes (14 deles são capitais). Esse grupo concentra 21,9% da população ou 46,7 milhões de pessoas. Outros 49 têm mais de 500 mil moradores e 326 possuem mais de 100 mil pessoas.
Neste caso, na região Oeste da Grande São Paulo por onde circula este jornal Página Zero, apenas Osasco se enquadra entre aquelas com mais de 500 mil habitantes. No levantamento atual, a cidade chegou a 701.428 moradores.
O município de São Paulo continua sendo o mais populoso do país, com 12,4 milhões de habitantes, seguido por Rio de Janeiro (6,8 milhões), Brasília (3,1 milhões), Salvador (2,9 milhões) e Fortaleza (2,7 milhões).
Por outro lado, de cada três municípios, dois são de baixa densidade. São 3.770 deles com menos de 20 mil habitantes, o que corresponde a 67,7% do total. Os menores são Serra da Saudade (MG), com apenas 771 habitantes, Borá (SP), com 839, Araguainha (MT), com 909, e Engenho Velho (RS), com 932 moradores.
Também aí, entre as menores, está enquadrada uma cidade da região: Pirapora do Bom Jesus subiu de 19.178 em 2020 para 19.453 em 2021; porém continua abaixo dos 20 mil habitantes.
Entre as unidades da Federação, São Paulo segue como o estado mais populoso, com 46,6 milhões de habitantes, concentrando 21,9% da população total do país. Em seguida vem Minas Gerais, com 21,4 milhões de habitantes, e Rio de Janeiro, com 17,5 milhões. Já o menos populoso é Roraima, com 652.713 moradores.

EVOLUÇÃO

Na região Oeste da Grande São Paulo, dentre os sete municípios retratados nesta matéria, o mais populoso continua sendo Osasco, com 701,4 mil habitantes. O 2º é Carapicuíba, com 405,3 mil; seguido de Barueri, com 279,7 mil e Itapevi, com 244,1 mil habitantes. Completam ainda a lista Santana de Parnaíba (145,0 mil habitantes), Jandira (127,7 mil) e Pirapora do Bom Jesus (19,4 mil) – ver quadros.
Comparando-se com o números projetos para o ano passado (2020), a cidade que maior crescimento registrou foi Santana de Parnaíba: ela saiu de 142,3 mil habitantes para 145,0 mil, um crescimento de 1,95%.
Curiosamente, nesse quesito de crescimento percentual, as mais populosas foram a que menores índices apresentaram. É o caso, por exemplo, de Osasco: a cidade mais populosa da região subiu de 699.944 em 2020 para 701.428 habitantes em 2021 e, apesar de registrar 1.484 novos habitantes, teve um crescimento de apenas 0,21% em relação ao ano anterior. O mesmo exemplo ocorre com as duas mais populosas da lista, Carapicuíba (cresceu 0,54%) e Barueri (cresceu 0,98%).
As demais – menos populosas – tiveram crescimento com índices superiores a um por cento: Jandira (1,09%), Itapevi (1,31%), Pirapora do Bom Jesus (1,43%) e Santana de Parnaíba (1,95%).
Na soma total da população, as sete cidades da região subiram de 1.908.905 em 2020 para 1.922.898 em 2021, um crescimento de 0,73%. Apesar de ter se aproximado um pouco mais, esse número ainda não alcançou a marca de 2 milhões de habitantes na soma desses municípios.
Na cidade de São Paulo, a mais populosa do Brasil, o crescimento de um ano para outro ficou na casa dos 0,58%. No Estado de São Paulo esse índice chegou a 0,78% e no cômputo geral do país, o crescimento na comparação com 2020 foi de 0,74% (ver quadros).

O CENSO

Em 14 de maio de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por 10 votos a 1 que “o Poder Executivo, em articulação direta com o Congresso Nacional, assegure os créditos orçamentários suficientes para a realização do Censo Demográfico do IBGE”.
No primeiro semestre de 2021, o IBGE elaborou a proposta orçamentária de R$ 2.292.907.087,00 para a realização do Censo Demográfico em junho de 2022.