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Brasileiros conquistam posição histórica nas Paraolimpíadas de Tóquio

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A dobradinha brasileira dos 400m T47: Thomaz (prata) e Ferreira (bronze) - Foto: Matsui Mikihito/CPB

Brasil fecha Paraolimpíadas em sétimo lugar, recorde histórico e 72 medalhas

O Brasil superou a meta de terminar como o décimo melhor país que participou dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio e fechou a competição realizada entre 24 de agosto e 5 de setembro em sétimo lugar, com 72 medalhas (22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze). Este desempenho, embora tenha repetido o número de medalhas de 2016, quando as Paraolimpíadas tiveram a cidade do Rio de Janeiro (RJ) como sede, é melhor do que há cinco anos porque, naquela edição, como anfitrião, o país, apesar das 72 medalhas, conquistou a 8ª colocação, com 14 de ouro. Das 20 modalidades em que competiram, os atletas brasileiros conquistaram pódio em 14.
A delegação brasileira levou à Capital do Japão 259 atletas (incluindo guias, calheiros, goleiros e timoneiro), dos quais 163 homens e 96 mulheres, além de pessoal administrativo, totalizando 435 pessoas. Um dos destaques foi Daniel Dias. O nadador se despediu dos Jogos e anunciou sua aposentadoria, após quatro participações paraolímpicas, com a quarta colocação nos 50m livre (classe S5), além de mais três bronzes (100m livre S5, 200m livre S5 e revezamento 4x50m livre misto até 20 pontos). Dias é o recordista paraolímpico brasileiro, com 27 pódios no total, e agora atuará como dirigente paraolímpico.
Maria Carolina Santiago também fez história com suas braçadas nas piscinas e voltou para casa com três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze — melhor campanha individual do time nacional. Já a equipe masculina de futebol de 5, após derrotar a Argentina por 1×0, comemorou o pentacampeonato, o quinto título consecutivo. Outra medalha de ouro veio com Fernando Rufino, da canoagem VL 2 200m. Na maratona T46, Alex Douglas Pires faturou medalha de prata, assim como o atleta Thomaz Moraes (400m T47). Na mesma prova, Petrúcio Ferreira ficou com bronze. A seleção feminina de vôlei sentado agora faz parte da elite mundial da modalidade: pela primeira vez nas Paraolimpíadas, abiscoitou uma medalha, de bronze.
A China sagrou-se campeã, seguida da Grã Bretanha e dos Estados Unidos (ver quadro).

Quadro dos dez melhores países em Tóquio

País Ouro Prata Bronze Total

1 China 96 60 51 207
2 Grã-Bretanha 41 38 45 124
3 Estados Unidos 37 36 31 104
4 Comitê Russo 36 33 49 118
5 Países Baixos 25 17 17 59
6 Ucrânia 24 47 27 98
7 Brasil 22 20 30 72
8 Austrália 21 29 30 80
9 Itália 14 29 26 69
10 Azerbaijão 14 01 04 19

Daniel Dias (abaixo), nadador brasileiro, conquistou 3 medalhas
de bronze no Japão – Foto: Alê Cabral/CPB

 

Fernando Rufino não teve adversários entre os canoístas da classe VL2 200m – Foto: Miriam Jeske/CP
Maria Carolina Santiago, recordista individual entre os brasileiros, com cinco medalhas – Foto: Alê Cabral/CP
Equipe feminina de vôlei sentado: medalha inédita é de bronze – Foto: Rogério Capela/CPB