Uma das mais disputadas temporadas do Campeonato Mundial de Fórmula 1 acabou no domingo, 12, com um enredo de arrepiar até o mais comedido fã da principal categoria do automobilismo.
A prova disputada no circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, colocou no autódromo, antes do início das 58 voltas, os pilotos holandês Max Verstappen (Red Bull) e o inglês Lewis Hamilton (Mercedes) empatados com 369,5 pontos ganhos na tábua de classificação, mas com Verstappen com 9 vitórias contra 8 de Hamilton. Diante desses números, o britânico precisava chegar à frente do oponente, entrou no giro final em primeiro lugar, mas a poucos metros de obter o desfecho necessário que permitiria comemorar o inédito octacampeonato, viu o título lhe escapar ao ser ultrapassado na última curva pelo seu implacável perseguidor. Após o tremular da bandeira quadriculada, Verstappen ocupou o lugar mais alto do pódio e pôde beijar a taça que praticamente já era dada como perdida pela maioria dos que acompanhavam a corrida.
A Mercedes contestou a vitória de Verstappen, alegando que teria sido facilitada por uma polêmica decisão dos organizadores da prova, envolvendo o chamado “carro-madrinha”, o safety car, que no momento da histórica ultrapassagem ainda estava na pista, após ser acionado para reorganizar a etapa por conta de um acidente a cinco voltas do encerramento protagonizado pelo canadense Nicholas Latifi (Willians). Entretanto, com o resultado confirmado, o holandês tornou-se o mais novo campeão da F1, com 395,5 pontos, contra 387,5 de Hamilton; o terceiro lugar do Mundial de 2021 ficou com Valtteri Bottas, finlandês que também defende a Mercedes e somou 226, mas em Abu Dhabi o posto que fechou o trio vencedor foi conquistado pelo espanhol Carlos Sainz (Ferrari), o quinto mais rápido do ano (164,5), atrás do mexicano Sergio Perez, com 190, em 4º na classificação final.
