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Eleições 2022: saída à direita ou à esquerda?

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Sinésio Luiz Antônio

Passados quase duzentos anos da Proclamação da Independência do Brasil (1822), este ano (2022) teremos eleições que alguns chamam de eleições gerais, dada a importância dos cargos que estão em disputa nos cenários federal e estadual.
Marcada pela pandemia que provocou graves consequências na saúde pública, na economia e, por óbvio, no cenário social, essa eleição está cercada de muita expectativa, isso porque, além do quadro pandêmico já mencionado, é a primeira eleição pós crescimento dos tradicionalistas ou conservadores, verificado no último pleito eleitoral, quando superaram o projeto progressista implementado no país por quase duas décadas.
Uma breve vista sobre o cenário político leva a crer, dada a polarização em torno de duas personagens que representam projetos políticos opostos, que haverá uma eleição plebiscitária, na qual por meio do voto vamos decidir sobre como o Estado brasileiro vai se comportar e trabalhar para atender aos anseios e necessidades de seus cidadãos, ou seja, por meio de um projeto liberal, ou de um projeto mais estatista. Não vamos simplesmente votar nas pessoas, mas, antes disso, será o momento de resolver por um projeto à direita, à esquerda ou ao centro.
Além da questão partidária e dos candidatos, essa eleição traz novidades em sua organização: horário de Brasília regrará a votação para todo o país; autorização para a montagem de federações partidárias; fone de ouvido descartável para deficientes auditivos nas seções; dentre outras novidades.
De nossa parte, resta a confiança no discernimento e na independência do eleitor na hora do voto, e que a atuação da Justiça Eleitoral, principalmente de sua cúpula, incluindo-se o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, seja pautada pela legalidade, impessoalidade e pela imparcialidade.
Ao falar sobre eleição importa destacar a influência da mídia, das redes sociais, dos marqueteiros anônimos, de fake news, mas isso fica para uma próxima conversa.

Sinésio Luiz Antônio é advogado, vice-presidente da 181ª Subseção da OAB/SP e presidente da Obra Kolping do Brasil