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Pedágios em São Paulo não serão reajustados neste mês de julho

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Pelo menos até o próximo ano, os preços dos pedágios estão “congelados” nas rodovias sob concessão do Estado. Foto: Arquivo PZ

Sem reajuste nos valores dos pedágios, governo diz que vai discutir formas de compensar as concessionárias

Acostumada nos últimos meses e semanas a receber notícias nada agradáveis em relação a reajustes de tarifas e serviços públicos, parte da população brasileira parece se preparar, dia após dia, às notícias de mais algum aumento, além da inflação, que nos últimos 12 meses tem extrapolado a casa dos dois dígitos. Tem sido assim com os combustíveis, com o gás de cozinha, com os alimentos, planos de saúde, passagens de ônibus e, nesta semana, em especial para a população da Região Metropolitana de São Paulo, chegou também o anúncio do aumento da tarifa de energia elétrica (ver matéria nesta edição).
Com a entrada do mês de julho, outro aumento já era esperado pelos motoristas que se utilizam das rodovias no Estado de São Paulo: tradicionalmente, no dia 1º de julho, é anunciado o índice de reajuste dos preços dos pedágios, dentro do programa de concessão de rodovias do governo paulista.
Estavam todos prontos para a notícia: a Secretaria de Logística e Transporte, em conjunto com a Agência de Transportes do Estado (Artesp), chegou a convocar uma coletiva de imprensa para a manhã desta quinta-feira, 30 de junho, em sua sede na Capital paulista. Mas o anúncio foi outro: de que não haverá o reajuste anual previsto para essa data.
Surpresa para os motoristas e também para as próprias concessionárias, que já trabalhavam com índices possíveis de reajuste, entre 10,72% (IGPM) e 11,73% (IPCA), dependendo do indexador do contrato de concessão para recompor as perdas inflacionárias dos últimos 12 meses, entre junho de 2021 e maio de 2022.
Para essas empresas, no entanto, há a compromisso da Secretaria e da Artesp (que é quem fiscaliza o processo de concessões) em discutir formas de compensá-las em razão desse “congelamento” de preços. Representantes das concessionárias e das transportadoras de cargas devem participar desse grupo de discussão.
Para não perdurar a impressão de que a medida teria sido adotada única e exclusivamente pelo momento pré-eleitoral que envolve governos e cidadãos, os agentes envolvidos no processo também anunciaram que devem criar uma nova política estadual com o propósito de reduzir os percentuais dos próximos reajustes a, ainda assim, manter os contratos com as concessionárias “financeiramente interessantes”.
O próprio governador Rodrigo Garcia (PSDB), que é pré-candidato à reeleição a chefe do Executivo paulista, se manifestou sobre o tema: “Anunciei há pouco que não haverá reajuste de pedágio nas rodovias paulistas. Diante da alta desenfreada dos preços, principalmente dos combustíveis, é impensável onerar o bolso dos paulistas”, disse o governador.

OS PREÇOS

Com a manutenção dos preços que tiveram sua última atualização em julho de 2021, os principais trechos pedagiados nas rodovias que cruzam a região Oeste continuarão cobrando os seguintes valores para automóveis: rodovia Castello Branco (praças Osasco e Barueri, Kms 18 e 20) – R$ 4,90; também na Castello Branco (praça Itapevi – Km 33) – R$ 9,60; e Rodoanel Oeste (todas as praças) – R$ 2,50.
O maior valor de pedágio em rodovia paulista continua sendo o do Sistema Anchieta/Imigrantes, que custa ao motorista R$ 30,20 (km 32 da Imigrantes e km 31 da Anchieta).