A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Itapevi divulgou na semana passada que o Centro de Hemodiálise da cidade atingiu a marca de 33.975 sessões de sua principal terapia. O balanço foi divulgado pela passagem dos três anos de instalação do Centro, na Vila Santa Rita.
O levantamento aponta que, além das 33.975 sessões de hemodiálise, outros 26.821 procedimentos em geral também foram atendidos na unidade, totalizando 60.796 nesse período e realizando 30 sessões por dia em três turnos diários.
Localizado na rua Arquiteto Ubirajara da Silva, 87, São João, o Centro de Hemodiálise funciona de segunda-feira a sábado, das 6 às 20 horas. O espaço foi montado com recursos próprios do município e é mantido pela Prefeitura, com a prestação dos serviços de hemodiálise realizados pela empresa terceirizada DaVita. O espaço conta com ar-condicionado, televisores e sinal de wi-fi. O município fornece transporte ao paciente e cada um recebe seu kit de lanche e, sendo necessário, cobertor e edredom por sessão.
A Prefeitura afirma que os procedimentos são 100% custeados pelo município, sem repasse do governo federal via Sistema Único de Saúde (SUS).
DOENÇA RENAL
O tratamento de hemodiálise é necessário para pacientes com doença renal em estágio avançado que precisam de diálise contínua ou de um transplante de rim para sobreviver. A hemodiálise consiste no bombeamento do sangue através de uma máquina e um dialisador para remover as toxinas do organismo. O sangue é limpo na máquina e devolvido ao corpo.
Toda sessão de hemodiálise dura cerca de 4 horas. Cada paciente faz três sessões de hemodiálise semanalmente.
A doença renal crônica é considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Os principais grupos de risco são as pessoas com diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e usuários crônicos de medicações tóxicas ao rim.
Há relatos de pacientes que viveram mais de 30 anos realizando sessões de hemodiálise, porém, segundo a literatura, a sobrevida média é de 10 anos e está associada a vários fatores, como: acesso ao serviço de saúde, alimentação, etc.
As principais complicações dos pacientes com doença renal crônica estão relacionadas ao sistema cardiovascular e ósseo. Por isso, o paciente pode realizar a hemodiálise sem problemas durante 5 anos e, após esse tempo, começar a se preparar para o transplante, justamente por causa dessas complicações.
No Brasil, o órgão responsável pela coordenação de transplantes é o SUS. A fila para transplantes para cada órgão ou tecido é única e o atendimento é por ordem de chegada, considerados os critérios técnicos, de urgência e geográficos específicos para cada órgão. Portanto, o tempo varia de forma indeterminada.
Segundo dados do Registro Geral da Central de Transplante, há cerca de 1,5 mil pessoas esperando um transplante de rim.
Caso alguém necessite de sessões na cidade, o próprio paciente ou familiar deve entrar em contato direto com o serviço social do hospital ou clínica onde faz hemodiálise e solicitar transferência pelo Disk Diálise. O pedido acontece via e-mail da DRS-1 (Departamento de Regional de Saúde).