A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) divulgou nesta semana que um balanço relativo ao ano de 2022 revelou que, das 20 concessionários de rodovias do Estado, 18 delas recolheram 28,5 mil toneladas de lixo em suas áreas de atuação. A coleta e correta destinação dos resíduos gerados na malha sob operação privada é uma das obrigações contratuais do Programa de Concessão de Rodovias do Estado de São Paulo, regulado pela Artesp.
Desse cálculo, portanto, compreende-se que, por mês, são recolhidas mais de 2,3 mil toneladas de lixo em média nos 11,1 mil quilômetros de rodovias concedidas no Estado. O número refere-se a 18 das 20 concessionárias, pois duas delas apresentaram seus balanços expressos em volume e não em preso. Essas duas contabilizaram ainda mais 3,1 mil metros cúbicos de lixo coletado no ano passado.
Segundo análise da agência, os trechos mais urbanizados são os que apresentam maior quantidade de resíduos descartados nas rodovias. Por isso, a Artesp lembra que o motorista flagrado jogando lixo na via pode ser multado em R$ 130,16, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Além dos problemas ambientais, o lixo despejado nas rodovias pode trazer sérios problemas à segurança viária. Os resíduos podem causar entupimento nos sistemas de drenagem e levar a alagamentos. Restos de alimentos, quando jogados na rodovia, podem atrair animais para a pista, o que pode causar acidentes quando o motorista realiza manobras repentinas para evitar o atropelamento.
“É importante destacar o trabalho de limpeza realizado pelas concessionárias, tanto nas pistas quanto às margens das rodovias, nos canteiros, canaletas e sistema de drenagem. Mas, é preciso salientar a necessidade da colaboração dos motoristas e moradores das áreas próximas às rodovias para evitar a presença de lixo na malha viária”, afirma o diretor geral da Artesp, Milton Persoli. Além de ajudarem dando a correta destinação ao seu lixo, os usuários podem comunicar o descarte irregular nas rodovias, discando para o 0800 de cada concessionária.
RECICLAGEM
Parte do volume recolhido pelas concessionárias é encaminhada para usinas de reciclagem, organizadas por entidades sociais ou prefeituras. Os recursos obtidos com os materiais reciclados geram renda às comunidades existentes no entorno das rodovias. Outra parcela do lixo é destinada a aterros sanitários credenciados pela CetesbB. O descarte correto desses resíduos é monitorado pela Artesp, que também fiscaliza a remoção frequente desses materiais das rodovias, conforme estabelecido em contrato de concessão.
Além do encaminhamento do material reaproveitável para usinas de reciclagem, algumas concessionárias participam ou desenvolvem programas de reutilização desses resíduos.