André Naves
A alteridade é um conceito importante quando falamos sobre saúde mental. Significa enxergar no outro não apenas alguém diferente de nós, mas também alguém que pode contribuir para o nosso próprio crescimento e realização pessoal. É perceber que, ao conviver com pessoas diferentes, podemos aprender e nos enriquecer como indivíduos.
Quando enxergamos alguém com os olhos da alma, estamos indo além da simples visão física. Estamos reconhecendo o valor humano presente em cada pessoa. Enxergar dessa forma é sentir empatia, é se importar com o outro e valorizar a sua individualidade. É perceber o outro como a chave para o autoenriquecimento. Alteridade é, portanto, se alterar com a experiência da convivência.
A diversidade é um conjunto plural de pessoas com características, origens e experiências distintas. É importante reconhecer essa diversidade e respeitar as diferenças entre as pessoas. Porém, só a diversidade não é o suficiente. Precisamos garantir a inclusão, ou seja, trazer todas essas pessoas para posições de destaque e protagonismo. Ao promover a convivência e o aprendizado mútuo, a alteridade possibilita que cada pessoa compartilhe suas experiências e práticas, enriquecendo o todo. Cada indivíduo tem algo valioso para oferecer, e é por meio da colaboração entre as diferentes individualidades que o progresso acontece.
Nesse contexto, é fundamental desenvolver a sensibilidade humana. Isso significa compreender que o progresso não está na competição desenfreada, mas na colaboração entre as pessoas. Quando valorizamos a diversidade e trabalhamos em conjunto, temos a oportunidade de construir caminhos para o sucesso e criar uma sociedade mais justa. Esse é o espírito da coletividade: a exaltação das individualidades, unidas, para construir caminhos para o sucesso.
Vivemos em uma era maravilhosa de inovação e avanços tecnológicos, em que a inteligência artificial assume muitas tarefas técnicas. No entanto, a criatividade e a inovação continuam sendo atributos exclusivos dos seres humanos. A essência criativa da humanidade não pode ser reduzida a algoritmos.
Portanto, a inclusão é essencial para o progresso social. Ela impulsiona a criatividade e as habilidades de interação entre as pessoas. Para construir uma sociedade sustentável, inclusiva e justa, é necessário que todos nós nos unamos nesse propósito. Juntos, podemos criar estruturas sociais que valorizem a diversidade, promovam a inclusão e permitam que cada pessoa seja protagonista de sua própria história.
André Naves é defensor público federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política