Interdição de novo trecho da Maria Campos amplia desvios no tráfego de veículos pelo Jardim Agu
A Prefeitura de Osasco deu início, no começo desta semana, na segunda-feira, dia 25/9, à obra de recuperação asfáltica e estrutural da avenida Maria Campos em um novo trecho, ampliando assim sua área de atuação em relação ao que já havia iniciado há cerca de dez dias.
Na primeira etapa, um trecho de 200 metros de uma das principais vias do Centro da cidade, a avenida Maria Campos – que serve como entrada para Osasco para quem vem da zona Norte do município ou mesmo saindo da rodovia Castello Branco – foi interditado ao trânsito de veículos para a recuperação asfáltica e estrutural da avenida. A interdição ocorreu no domingo, dia 17, e as obras começaram logo no dia seguinte, segunda-feira, dia 18/9, no trecho para quem acessa a via logo depois da descida do viaduto Dona Ignês Colino (sobre a linha férrea), no espaço compreendido entre as ruas Dr. Jaime Regalo Pereira e Cipriano Tavares.
Naquele momento, o prefeito Rogério Lins (Podemos) justificava a realização da obra em razão do andamento acelerado de outra ação, no lado oposto do viaduto, na região de Presidente Altino, onde a CCR ViaOeste prepara uma nova entrada para a cidade pela rodovia Castello Branco, com a construção de um viaduto que passará sobre o rio Tietê, entregando o novo fluxo de veículos na avenida Fuad Auada e, por consequência, no viaduto Dona Ignês Colino e avenida Maria Campos.
Lins confirmava que sua Secretaria de Serviços e Obras agia principalmente para retirar as ondulações da pista, promovendo ainda o recapeamento e nova sinalização de solo, além da troca de guias e sarjetas.
Para diminuir o impacto no trânsito e os transtornos aos motoristas, um desvio pela própria Dr. Jaime Regalo Pereira foi implantado, fazendo com que os veículos acessem à esquerda a rua Tomás Spitaleti, novamente à esquerda na Cipriano Tavares e retorno à própria Maria Campos.
NOVO TRECHO
Nesta semana, antes mesmo de o primeiro trecho ser liberado ao tráfego, a Prefeitura interditou mais um quarteirão da avenida Maria Campos. Desta vez, são novos 250 metros de extensão, entre as ruas Cipriano Tavares e Cônego Afonso. As obras no local seguem o mesmo padrão do primeiro trecho.
Com isso, o esquema de desvio também foi ampliado, agora envolvendo toda a região do Jardim Agu, principalmente na praça Padroeira do Brasil, onde a via que dava acesso ao Centro teve sua mão de direção invertida. Ou seja: os veículos que vêm pela rua Tomás Spitaleti agora não entram mais à esquerda na Cipriano Tavares e seguem adiante pela via lateral da praça Padroeira do Brasil, voltando a acessar a Maria Campos somente pela rua Cônego Afonso.
Por essa razão, vias do bairro como a própria Cônego Afonso e a Nelson Camargo não foram interditadas, mas tiveram acessos invertidos ou proibidos durante a execução das obras. Também a ponte sobre o córrego Bussocaba, que servia de retorno para quem sai do supermercado Carrefour ou do Super Shopping foi interditada. Agora, quem sai do estacionamento desse complexo deve fazer o retorno pelo Centro e bairros ou ir até a Vila Yara para cumprir novo trajeto.
OS PRAZOS
Quando iniciou o primeiro trecho das obras, a Prefeitura anunciou que elas estariam encerradas em até 10 dias, ou seja, até a última quinta-feira, dia 28. O prefeito Rogério Lins chegou a usar as redes sociais pedindo “desculpas” pelo transtorno, afirmando que a incômodo era necessário e fazendo a seguinte analogia: “para fazer omeletes, temos de quebrar ovos”, disse.
No sábado passado, dia 23, Lins voltou a gravar um vídeo apresentado em suas redes sociais e, em tom de ironia e suspense, fazia o seguinte anúncio: “Pessoal, estou aqui na Maria Campos e a gente não vai conseguir concluir este primeiro trecho de infraestrutura em 10 dias”. E festejou: “…isso porque a gente concluiu em seis dias”.
Apesar de o prefeito anunciar que, a partir dali, iria iniciar os próximos dois quarteirões e que os desvios vão continuar, havia a expectativa de liberação do primeiro trecho ao tráfego de veículos, o que não ocorreu dentro do prazo previsto. Apesar de ele afirmar que encerrou as obras em seis dias, o local interditado ainda não havia recebido, nesta semana, sinalização de solo e outras ações de finalização.
Por essa razão, a reportagem do jornal Página Zero questionou a Prefeitura – através de sua Secretaria de Comunicação – se a expectativa era mesmo de liberar o tráfego de veículos assim que os trechos tiverem sido finalizados ou se tudo será liberado de uma só vez, assim que a via inteira for revitalizada. Também questionou qual o prazo dado para o encerramento das obras na segunda etapa iniciada nesta semana.
Até o fechamento desta edição, na quinta-feira, dia 28/9, a reportagem não havia recebido respostas.