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Governo paulista contrata seguranças particulares para escolas estaduais

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No mesmo dia do início da medida, governo se deparou com atentado em escola no bairro do Sapopemba, zona Leste da Capital - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

No dia de mais um atentado, governo paulista inicia trabalho com seguranças dentro das escolas estaduais

O governo de São Paulo deu início nesta semana à iniciativa que visa oferecer um reforço à segurança nas escolas estaduais, tentando, com isso, prevenir episódios de violência nesses locais. Assim, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) prevê contratar um total de 1.000 seguranças privados que atuarão em unidades da Capital, Interior e Litoral paulista. Até esta sexta-feira , dia 27/10, um total de 774 vigilantes iniciam a prestação dos serviços nas escolas, 242 deles na Capital e Região Metropolitana da Grande São Paulo.
Segundo o governo do Estado, a Educação deve investir cerca de R$ 70 milhões anualmente nesse projeto. Inicialmente, os 774 profissionais passam a atuar em 774 escolas estaduais (um segurança por escola) que devem ser escolhidas por critérios próprios de acordo com a necessidade. São Paulo tem cerca de 5 mil escolas administradas pelo governo estadual.

COINCIDÊNCIA INFELIZ

Na região administrativa do ABC, o trabalho começou já na segunda-feira, 23/10, e, por uma infeliz coincidência, justamente no dia em que o Estado registrou mais um caso de violência escolar: um aluno armado entrou na Escola Estadual do Sapopemba, na zona Leste da Capital, matando uma colega estudante e ferindo outros três.
Em frente à escola na zona Leste, logo depois o ocorrido, o governador Tarcisio de Freitas (Republicanos), declarou: “Se você me perguntar se eu tenho todas as respostas para lidar com esse tipo de situação, eu sinceramente não tenho. Ninguém quer ver alunos morrendo. Ninguém quer isso. A sensação que fica é de frustração. O governo falhou? Provavelmente, falhamos em alguma coisa. A gente não queria ter falhado”.
De acordo com o governo, os seguranças contratados atuarão dentro das unidades escolares, em uma jornada de 44 horas semanais. Para alocação dos vigilantes, as escolas foram selecionadas pelas 91 Diretorias Regionais de Ensino com base em critérios como vulnerabilidade da comunidade e convivência no ambiente escolar. As empresas vencedoras de licitação devem contratar seguranças homens e mulheres com formação profissionalizante na área. Outra regra imposta pela Secretaria é que as empresas tenham consultado os antecedentes criminais dos trabalhadores, antes da contratação.
Com a implantação inicial de 774 seguranças, a licitação segue em andamento para a contratação dos outros 226 profissionais, totalizando os 1.000 anunciados pelo governo paulista.