O vereador carapicuibano João Naves (PSD) foi acusado por outro vereador, Bruno Marino (Podemos), de ter cometido injúria racial e o ofendido nas dependências da própria Câmara Municipal na terça-feira, dia 10 de dezembro.
Segundo relatos de Bruno Marino, enquanto a sessão Ordinária ocorria normalmente no plenário da casa, ele, Naves e outros vereadores iniciavam uma reunião paralela em outra dependência. Segundo o parlamentar, ao divulgar sua preferência de voto para o futuro presidente da Câmara, em pleito que se dará no início do próximo ano, uma discussão mais acirrada começou entre os presentes, quando então João Naves o teria chamado – por diversas vezes – de “preto safado”.
Ainda seguindo o relato, Bruno Marino foi então até a sessão onde se encontravam os demais vereadores, pediu a palavra e expôs o ocorrido. Depois disso, valendo-se da presença de uma equipa da Guarda Civil Municipal (GCM) na casa, ele mesmo teria dado voz de prisão a João Naves. A GCM acionou a delegacia de polícia, para onde o vereador acusado foi encaminhado.
Até a tarde de quarta-feira, dia 11, a notícia que se divulgava é que o delegado havia determinado “prisão” preventiva ao vereador João Naves e instaurado inquérito para investigar o caso.
À reportagem da TV Globo, a defesa de Naves informava que ele prestaria todos os esclarecimentos à Justiça e que Bruno Marino estaria se aproveitando de “uma discussão extrema para se beneficiar politicamente e que ele sempre alega racismo”.
Bruno Marino, por sua vez, informava que iria ingressar com pedido de cassação do mandato de João Naves na Câmara Municipal.
Os dois vereadores encerram seus atuais mandatos em 31 de dezembro deste ano e ambos foram reeleitos para um novo período legislativo de quatro anos que se inicia em 1º de janeiro de 2025.
