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Governo de SP decreta emergência para dengue e cidades da região promovem ações de vacinação da população

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Em todo o Estado, 225 municípios já atingiram mais de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes - Foto: Governo de São Paulo

Com mais de 300 casos por 100 mil habitantes, governo de SP decreta emergência para dengue e municípios se esforçam por vacinação

Na quarta-feira desta semana, dia 19 de fevereiro, o governo de São Paulo decretou situação de emergência em saúde pública no Estado em razão da epidemia por dengue. A medida foi anunciada pelo secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, durante reunião do Centro de Operações de Emergências para as arboviroses, na Capital paulista.
Paiva anunciou também, durante coletiva de imprensa, o aumento do financiamento para internações de pacientes com dengue. O acréscimo de 20% no teto MAC (Média e Alta Complexidade) impacta diretamente na assistência prestada pelos hospitais e unidades de saúde conveniadas ao SUS em todas as regiões do Estado.
“O objetivo é garantir que cada município tenha a infraestrutura necessária para adotar as medidas certas no momento certo. Os reforços anunciados são para assegurar que os pacientes recebam a assistência necessária e que os municípios atuem adequadamente para o combate às arboviroses”, destacou o secretário.

CENÁRIO

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, 225 municípios paulistas já atingiram mais de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. O decreto facilita o acesso das cidades a recursos federais e estaduais. Cada gestão municipal, a partir da análise de seu cenário epidemiológico, poderá utilizar a medida estadual para decretar emergência em âmbito local.
A diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria da Saúde, Tatiana Lang, destacou a importância do monitoramento contínuo e do controle dos criadouros. “A conscientização é a medida mais eficaz para combater a doença. E as campanhas desempenham um papel fundamental na conscientização da população e no fortalecimento do combate às arboviroses”.
Até o dia do anúncio de situação de emergência, o governo paulista registrava 124.038 casos da doença no Estado, com 113 mortes.

NA REGIÃO

Ao mesmo tempo em que o governo de São Paulo amplia suas ações voltadas à dengue, algumas cidades da região Oeste também se mobilizam no sentido de vacinar mais rapidamente a população, não só contra a dengue, mas também contra a febre amarela, cuja doença também já havia sido alardeada como sendo de alto risco, há alguns dias.
Em Itapevi, por exemplo, a Prefeitura da Itapevi promove vacinação contra a dengue, para crianças de 10 a 14 anos, neste sábado, 22/2, das 9 às 13 horas. Os postos de vacinação serão montados nos parques da Cidade e da Cohab e nas praças Carlos de Castro (Estação Itapevi) e Paulo França (Estação de Amador Bueno).
Além da vacina contra a Dengue, os agentes de saúde também estarão aplicando a vacina contra a febre amarela em crianças de 9 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias. A ação faz parte do programa “Vacina na Rua”, criado pela Prefeitura para ampliar a oferta de vacinação para a população e que acontecerá a cada dois meses em locais públicos com grande circulação de pessoas.
Já em Osasco, a Secretaria de Saúde da Prefeitura local está intensificando a vacinação contra a febre amarela em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade. A imunização é destinada a todos os moradores de Osasco, a partir de 6 meses de idade, que ainda não receberam a dose da vacina. Os munícipes devem comparecer à UBS mais próxima, munidos de comprovante de endereço, documento de identificação com foto e caderneta de vacinação.
Neste sábado, 22 de fevereiro, será realizado o “Dia D” de Vacinação contra a Febre Amarela, das 9 às 16 horas, em todas as UBSs.
A vacinação é seletiva: moradores a partir de 5 anos que já tomaram a vacina em algum momento da vida não precisam receber outra dose. Para os idosos (60 anos ou mais), a imunização será realizada conforme avaliação médica, levando em consideração o risco relacionado a comorbidades, doenças autoimunes, tratamentos específicos ou uso contínuo de medicamentos que contraindiquem a aplicação da vacina. Gestantes e mulheres que amamentam crianças com até 6 meses devem interromper a amamentação por 10 dias após a vacinação. É recomendado que a mulher faça a extração do leite materno antes da vacina para garantir a continuidade do aleitamento nesse período.
Também em Barueri, neste sábado, 22/2, acontece o “Dia D” de vacinação contra a febre amarela. As ações coordenadas pela Secretaria de Saúde da Prefeitura local ocorrerão no período das 8 às 17 horas em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município.
A febre amarela é transmitida pela picada do mosquito vetor do vírus. Em áreas urbanas, a infecção pode ocorrer pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue, chikungunya e zika.  
 A vacinação será destinada a crianças a partir de 9 meses de idade e adultos com até 60 anos, sem histórico de vacinação. Viajantes devem tomar a vacina com 10 dias de antecedência. Quem já recebeu o imunizante não precisa da dose de reforço. A vacina é contraindicada para lactantes e gestantes, a não ser em casos de alto risco de infecção, o que deve ser avaliado pelo médico.  
Os sintomas da febre amarela são: início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores musculares, dores no corpo, fadiga, fraqueza, náuseas e vômitos.  
Além da vacina contra a febre amarela, os postos de Barueri estarão abertos também para exames de papanicolau. 
Por fim, em Carapicuíba a Prefeitura também divulgou nesta semana que estará aderindo do “Dia D” de vacinação contra a febre amarela. Para tanto, colocará à disposição da população a UBS Dr. Eurico Souto Cabral neste sábado, 22/2, das 8 às 16 horas. Sem especificar, a Prefeitura informou que além da vacina contra a febre amarela, também estarão disponíveis outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
A UBS está localizada na avenida Consolação, 505, Vila Gustavo Correia.