A Companhia Municipal de Transportes de Osasco (CMTO), responsável pela ordenação e fiscalização do sistema de transporte coletivo dentro da cidade de Osasco, foi alvo de diversas críticas na sessão do dia 24 de novembro da Câmara Municipal de Osasco.
Vereadores apontaram que a “falta de fiscalização” é um dos principais problemas da empresa de economia mista, criada através da Lei nº 1.864 de 1985, e que tem a Prefeitura de Osasco como principal acionista. No início de suas atividades, além de fiscalizadora, a companhia chegou a prestar o serviço de transporte de passageiros, com ônibus próprios circulando pela cidade.
O vereador Pelé da Cândida (MDB) apontou que a CMTO deixou de exercer a função de empresa de transporte depois que o serviço passou a ser executado pelas concessionárias Urubupungá e Viação Osasco. “Hoje a cobrança é grande e o pessoal na rua pergunta se ainda existe a CMTO e se não virou um cabide de emprego. Muita coisa ficou para trás, principalmente a questão dos pontos de ônibus”, desabafou. O parlamentar reclamou do baixo número de pontos de ônibus nas avenidas São José e João Ventura dos Santos. “Precisamos de uma CMTO mais ativa, que possa fiscalizar essa situação”, acrescentou.
O vereador Emerson Osasco (Rede) lamentou que a população sofra com a falta de ônibus adequados para atender a demanda dos bairros periféricos. “As ruas são muito curtas e existe a necessidade de veículos adaptados, como micro-ônibus, que atenderiam melhor a população. A gente precisa de alguém que atue mais nessa questão dos transportes em Osasco”, pontuou.
O vereador Ralfi Silva (Republicanos) também manifestou insatisfação com a CMTO e reclamou da falta de fiscalização em relação às atividades executadas pelas concessionárias do serviço de ônibus. “Infelizmente a gente não vê fiscalização. Essas televisões novas que estão nos pontos de ônibus, não teve licitação. Esta casa precisa ter uma comissão e fiscalizar de perto a CMTO”.
Já o vereador Zé Carlos Santa Maria (Patriota) falou da dificuldade para a implantação de um novo ponto de ônibus no bairro Recanto das Rosas. “Os moradores estão andando mais de um quilômetro para tomar o ônibus. Eu pedi um ponto e negaram, porque o trajeto ia aumentar em 600 metros e aumentaria o valor da tarifa”, lamentou.
Nesta semana, a reportagem do jornal Página Zero manteve contatos com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura para tentar obter algum posicionamento sobre as críticas elaboradas pelos vereadores. Ao fechamento da edição, pelo WhatsApp, recebeu a seguinte manifestação por parte do setor: “A CMTO é um órgão gestor e fiscalizador do transporte público municipal de Osasco, que deixou de ser um órgão operador em agosto de 2006. A CMTO realiza fiscalização através do sistema de monitoramento em tempo real, via GPS e in-loco pelos agentes fiscais.
No tocante aos pontos e abrigos, já em fase final de licitação do mobiliário urbano, que irá contemplar 150 novos abrigos, com manutenção.
Com relação aos micro-ônibus na frota, a Viação Osasco já consta com 22 ônibus Mid (Micrão) operando.
No que tange aos painéis multimídia, não são de competência da CMTO.
Por fim, a solicitação quanto ao aumento de itinerário para atender o bairro Recanto das Rosas, trata-se de linha municipal de São Paulo, que foge da competência deste órgão”.
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