Em meio a informações desencontradas sobre o envio ou não de doses de vacinas, o Ministério da Saúde anunciou no início desta semana que ampliou o público a ser imunizado com a vacina bivalente contra a Covid-19, permitindo que, além do limitado público-alvo acima dos 60 anos e determinadas parcelas da população, que todas as pessoas com e sem comorbidades acima dos 18 anos de idade possam ser vacinadas.
A orientação foi dada, mas a decisão cabe a cada um dos municípios brasileiros e, dentro do Estado de São Paulo, logo na Capital – que é o município mais populoso – ela não está sendo seguida. Isso porque a Prefeitura paulistana informou justamente que não tem doses suficientes para vacinar todos acima dos 18 anos de idade e, por isso, apenas reduziu a faixa etária do público-alvo, agora permitindo que sejam vacinados aqueles com mais de 50 anos.
SÓ DUAS
Dentre as sete cidades da região Oeste da Grande São Paulo, até o fechamento desta edição na tarde de quinta-feira, dia 27/4, apenas duas cidades haviam anunciado seguir as orientações do Ministério da Saúde, sem tocar no tema sobre a falta de doses da vacina, o que, presumivelmente, permite acreditar que não tenham problemas em relação aos estoques da bivalente.
Uma delas é Osasco, que anunciou ter ampliado o público para pessoas acima dos 18 anos, com ou sem comorbidades, desde a segunda-feira, dia 24. A Secretaria da Saúde da cidade informou que, além da ampliação do público, mantém a vacinação para gestantes e puérperas, pessoas com imunossupressão, a partir de 12 anos, com deficiência permanente, profissionais da saúde, pessoas institucionalizadas e/ou sob medida socioeducativa e profissionais que atuam nestes sistemas.
A vacinação em Osasco é realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), cujos endereços e horários estão disponíveis no site www.saude.osasco.sp.gov.br.
A outra cidade que também anunciou a ampliação do público foi Carapicuíba, e assim o fez desde a terça-feira, dia 25. Para se vacinar na cidade é necessário ir à unidade de saúde mais próxima e levar RG, CPF, Cartão do SUS e carteira de vacinação.
A vacina Bivalente protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron. Os grupos mais expostos ao risco da doença e que foram vacinados com ao menos duas doses da vacina monovalente receberão esta nova versão primeiro.
Pessoas que só receberam uma dose da vacina monovalente terão que se vacinar com a segunda dose antes de tomar a bivalente.
O grupo dos imunossuprimidos considera, por exemplo, pessoas com câncer, pessoas vivendo com HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetível a infecções.
