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Conmebol e associações mantêm indefinição sobre retorno das competições sul-americanas

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O clássico Grenal foi a última partida da Copa Libertadores disputada antes da paralisação por causa do coronavírus

Clubes que disputam as Copas Libertadores e Sul-Americana seguem sem saber quando voltarão a jogar os torneios que poderão, inclusive, serem estendidos até 2021 e concluídos em uma sede comum

Por Marcelino Lima

O Conselho da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) reuniu-se virtualmente na quarta-feira, 13, com representantes das associações do continente para, entre outros itens em pauta, deliberarem sobre a retomada das Copas Libertadores da América e Sul-Americana, suspensas desde meados de março devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Antes da videoconferência, circulavam nos bastidores e em veículos de imprensa de vários países vizinhos informações sobre possíveis fórmulas a serem aplicadas de modo que se garanta, em campo e ainda neste ano, a conclusão de ambas as temporadas, e até mesmo o encerramento dos torneios. Ao final dos debates, no entanto, o que ficou acertado nesse sentido é que, diante dos atuais cenários, a bola só voltará a rolar “quando as condições sanitárias permitirem”.
A Copa Libertadores, cujo troféu é dos mais cobiçados, foi suspensa em 12 de março, quando o clássico Grêmio 0x0 Internacional encerrou a segunda rodada da fase de grupos. Além da dupla gaúcha, entre os demais 30 clubes estão no páreo pela taça os brasileiros Palmeiras, São Paulo, Santos, Athletico (PR) e o Flamengo (RJ), vencedor da edição de 2019. Pelo calendário original, o jogo único da final está marcado para 21 de novembro e terá como palco o estádio do Maracanã (RJ), que está completando 70 anos. Já se especula, entretanto, que essa data poderá vir a ser estendida até janeiro de 2021 e, entre outros possíveis formatos, os jogos serem disputados nas 11 rodadas que restam, até a decisão, em um único país. O Uruguai, onde a Covid-19 tem sido menos intensa, já se ofereceu para ser esta sede comum, a partir de agosto ou, no mais tardar, setembro.
A Sul-Americana, por sua vez, estava em recesso, com os clubes aguardando o sorteio para a definição da tabela da segunda fase quando o coronavírus tornou-se vilão planetário. O Vasco da Gama (RJ) e o Bahia (BA) são os remanescentes do grupo de representantes brasileiros, no qual ainda figuravam os agora eliminados Fluminense (RJ), Goiás (GO), Atlético (MG) e Fortaleza (CE). Se não ocorrerem alterações na agenda, a final ocorrerá em Córdoba, na Argentina, no sábado, 7 de novembro.

FUNDO EVOLUÇÃO

Na videoconferência da quarta-feira, 13, também ficou decidido que a Conmebol repassará às associações que compõem a entidade US$ 14 milhões, procedentes do Fundo Evolução da entidade. O dinheiro deverá regar os cofres de 400 clubes do continente, abalados devido à pandemia.
A Conmebol também comunicou que, de acordo com o calendário da FIFA, as eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar, em 2022, serão mantidas sem modificações. A seleção brasileira deveria disputar as duas primeiras partidas em 27 e 31 de março; contra a Bolívia, em Pernambuco; e o Peru, em Lima. O adversário da terceira rodada, caso o jogo ocorra, será a Venezuela, em Brasília (DF), no dia 3 de setembro.