Preparando-se para nova entrada da cidade pela Castello, avenida Maria Campos começa a ser reformada pela Prefeitura de Osasco
Quase de última hora, na noite da sexta-feira da semana passada, dia 15/9, a Prefeitura de Osasco tomou a decisão de interromper o tráfego de veículos numa das principais avenidas da cidade dois dias depois da decisão, já no domingo, dia 17. Assim, sem que grande parcela da comunidade pudesse ser antecipadamente preparada, no domingo, um trecho de 200 metros da avenida Maria Campos, na entrada da cidade foi interditado para reformas estruturais.
A informação somente chegou aos veículos convencionais de comunicação, como os jornais – por exemplo – por volta das 21 horas da sexta-feira e, por isso, na manhã do sábado, 16, o próprio prefeito Rogério Lins (Podemos) utilizava suas redes sociais pedindo para que os munícipes compartilhassem a informação: “Por favor, nos ajude compartilhando este vídeo”, pedia o prefeito ao divulgar a medida. Animado, no entanto, ele dizia: “Olha que notícia maravilhosa para nossa cidade”, afirmando que a medida se faz necessária pelo adiantado as obras da CCR ViaOeste, que prepara uma nova entrada para a cidade pela rodovia Castello Branco.
Ao afirmar que “a nova entrada de Osasco está quase pronta”, Lins disse que “agora temos de fazer a nossa parte”, salientando que a avenida Maria Campos apresenta diversas irregularidades, com ondulações no nível da pista, por exemplo, e por isso deve ser remodelada a partir de agora. Sobre a necessidade de interdição, fez uma analogia: “não tem como fazer uma omelete sem quebrar os ovos”.
O resultado imediato e esperado foi uma grande concentração de veículos e congestionamentos nos primeiros dias da interdição, mas durante esta semana, com a informação chegando à população, os motoristas que se utilizam do local começaram a identificar novas rotas para evitar a região.
O QUE ESTÁ SENDO FEITO
Para quem chega ao Centro de Osasco vindo da Castello Branco; de bairros da zona Norte como o Rochdale ou Helena Maria, por exemplo; ou mesmo de Presidente Altino; o acesso obrigatório é o viaduto Dona Ignês Colino, que passa por sobre os trilhos da linha ferroviária. Na chegada à região central (na descida da ponte) o motorista já encontra o trecho bloqueado. Por isso, a Prefeitura determinou um desvio no trânsito, obrigado que o motorista entre à direita na rua Jayme Regalo Pereira, vire à primeira à esquerda, na rua Tomás Spitaleti, faça o retorno novamente à esquerda pela rua Cipriano Tavares, retomando à frente e à direita o caminho pela avenida Maria Campos.
No trecho de 200 metros interditado, a Secretaria de Serviços e Obras da Prefeitura já retirou a camada superior do asfalto e promove o reforço da base da via para tirar ondulações da pista, recapeamento e nova sinalização de solo, além da troca de guias e sarjetas.
Antes de acessar o viaduto, no lado de Presidente Altino, a avenida tem outro nome, Fuad Auada, e ali, por conta da ViaOeste, uma pista também está interditada. No local, para receber o tráfego que fluirá a partir da nova saída da Castello Branco (em uma nova ponte), a concessionária está ampliando a via com a implantação de uma nova faixa de rolamento que, na verdade, ao chegar ao viaduto Dona Ignês Colino, deixará de existir, afunilando novamente o tráfego, pois ali não estão previstas obras estruturais.
De acordo com a ViaOeste, os investimentos para implantação do novo acesso a Osasco e a nova ponte na altura do km 15+800 da Castello Branco giram em torno de R$ 232 milhões, também para a implantação de sinalização vertical e horizontal ao longo da obra e elementos de segurança como defensas metálicas e barreiras rígidas.
Em 20 de abril de 2022 o governo do Estado autorizou o início das obras e o prazo contratual firmado através da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) é de 23 meses, portanto com finalização prevista para março de 2024.
COMPREENSÃO E PACIÊNCIA
Na noite de quarta-feira desta semana, dia 20, o prefeito Rogério Lins voltou às redes sociais e, em novo vídeo, procurou mostrar que homens e máquinas estão trabalhando dia e noite no local, para acelerar as ações. “Estamos traba lhando em três turnos aqui na Maria Campos. Peço desculpas e até agradeço a sua compreensão e paciência nesse período de reorganização do trânsito”, disse o prefeito.
De acordo com a Prefeitura, logo que divulgou a interdição do trecho, as ações na avenida Maria Campos devem durar cerca de dez dias, portanto com encerramento previsto para quarta ou quinta-feira da próxima semana, entre os dias 26 e 27/9. A administração municipal também informou que o restante da avenida deve passar por intervenções semelhantes em etapas seguintes que devem ser anunciadas em breve.
