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O tempo para conhecer os candidatos

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Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

Abriu-se no sábado (20/07) e se estenderá até 5 de agosto, o período reservado no Calendário Eleitoral para a realização das convenções, onde os partidos políticos e federações escolherão seus candidatos para as eleições de prefeito e vereador, marcadas para 6 de outubro. Cada agremiação terá o direito de indicar para registro um candidato a prefeito e seu vice (que serão votados conjuntamente), mais um candidato a vereador em cada Câmara Municipal. Serão eleitos 5.568 prefeitos e respectivos vices e 60.311 vereadores, o que equivale dizer que, possuindo 29 partidos e três federações partidárias registradas, se eles  utilizassem todas as vagas de candidatos permitidas pela legislação, teríamos absurdos 178.176 candidatos a prefeito e 1 milhão, 929 mil e 952 postulantes ao posto de vereador. Brasília, por ser a capital federal, não elege prefeito e nem vereador (sua administração e política são executadas por governador e deputados distritais, eleitos no mesmo pleito onde são escolhidos os governantes federais e estaduais). O arquipélago de Fernando de Noronha, hoje um território estadual de Pernambuco, não tem eleições e nem parlamentares municipais.
A prática de todas as eleições revela ser exagerado o número de partidos. Tanto que muitos deles se coligam e poucos são os que apresentam chapa completa de candidatos. Daí a tese de que o ideal seria uma reforma partidária que reduzisse o número de segmentos e os afinados ideologicamente se reunissem como segmentos do partido maior da mesma tendência.
Terminadas as convenções e providenciado o registro dos candidatos, no dia 16 de agosto começa o período de propaganda eleitoral, onde os candidatos poderão se anunciar e pedir votos. Alguns dias depois (dia 30), começará a veiculação da propaganda no rádio e televisão. A partir daí, caberá ao eleitor informar-se para chegar a 6 de outubro com a atualização necessária para bem exercer o deu direito de voto.
Os prefeitos que assumiram o mandato em 2021 ainda podem concorrer à reeleição (o que é vedado aos que já exercem o segundo período consecutivo). Eles pedirão o voto e cabe ao eleitor, conforme sua avaliação, reelegê-los ou não para mais quatro anos à frente do governo da sua cidade. Levantamento do portal G1 (do Grupo Globo) revela que menos da metade dos atuais prefeitos cumpriram suas promessas eleitorais nas áreas da Segurança, Educação e Saúde, que são fundamentais. Esse é um material que poderá auxiliar na hora de decidir em quem votar. Devemos ter em mente que o povo só participa da decisão dos destinos de sua cidade, estado e do país a cada quatro anos, quando deposita seu voto na urna. Se fizer errado, a mudança só será possível depois de quatro anos, nas próximas eleições.
Procure informar-se sobre a vida política dos candidatos de sua cidade. Veja o que já fizeram os candidatos com mandato anterior e o que propõem os que se apresentam pela primeira vez, para depois decidir a quem dar o seu voto. Votando bem, será menos provável arrepender-se depois.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo (Aspomil)