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Governo do Estado convoca população para imunização contra a febre amarela

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O Ministério da Saúde enviou 300 mil doses do imunizante na semana passada para São Paulo - Foto: Governo de São Paulo

Governo de São Paulo trata com o Ministério da Saúde para receber 6 milhões de doses da vacina contra a febre amarela

Desde a semana passada a Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirma estar reforçando a distribuição da vacina contra a febre amarela em todo o território paulista, após registro de casos da doença. A pasta está em tratativas com o Ministério da Saúde para receber 6 milhões de doses do imunizante, para atender à população não vacinada, incluindo a Região Metropolitana, após a confirmação de mais um caso em primata, em uma região de mata, em Osasco.
“A vacinação é a principal forma de prevenção, por isso, estamos adotando medidas junto aos municípios e, também, iniciando uma campanha de conscientização para que a população não vacinada procure uma unidade de saúde e receba o imunizante”, reforçou Regiane de Paula, coordenadora em Saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD/SES).
O órgão federal enviou 300 mil doses do imunizante na semana passada para São Paulo e informou que, até o final desta semana, enviará mais um milhão de doses. Até a quinta-feira passada, dia 30/1, o Instituto Adolfo Lutz havia confirmado oito casos em humanos por febre amarela, sendo um importado de Minas Gerais. Em todos os casos, o paciente não havia tomado a vacina.
O Estado confirmou, ainda, 25 casos de febre amarela em primatas não humanos, sendo 20 em Ribeirão Preto, um em Pinhalzinho, um em Socorro, um em Colina, um em Campinas e um em Osasco.
Desde 2020, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação contra a febre amarela para crianças menores de 5 anos de idade em duas doses: a primeira aos 9 meses e a segunda aos 4 anos. Para pessoas a partir dos 5 anos, a vacina é dose única.
A meta é atingir 95% de cobertura vacinal – atualmente, a cobertura do Estado é de 80%, segundo a Secretaria da Saúde.
A vacina contra a febre amarela integra o calendário de vacinação e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Estado. No Brasil, não há registro da febre amarela urbana desde 1942. Atualmente, a infecção da doença se dá por meio de mosquitos silvestres que vivem em zonas de mata.
No ano passado, foram registrados dois casos humanos de febre amarela no Estado de São Paulo: um autóctone e outro importado, que resultou em óbito.
Os sintomas iniciais da febre amarela são: início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
A SES destaca que os macacos não transmitem a doença, já que a transmissão do vírus se dá pela picada de mosquito silvestre infectado. Caso alguém identifique macacos mortos na região onde vive ou está, deve informar imediatamente às autoridades sanitárias do município, de preferência diretamente para a vigilância ou controle de zoonoses.