Dentro do calendário programado – e depois de várias prorrogações – a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, promovida pelo Ministério da Saúde em todo o país, foi encerrada na terça-feira, dia 30 de junho. Entretanto, diante do grande volume de pessoas que não atenderam ao chamado da campanha, ganhou nova prorrogação, porém em formato diferenciado.
De acordo com o Ministério, mais de 18 milhões de pessoas do público prioritário não se vacinaram; por isso, desde quarta-feira, 1º de julho, o órgão recomendou aos estados e municípios que estendam a vacinação à população em geral até quando durarem os estoques excedentes da campanha. A medida tem como objetivo evitar o desperdício doses nas localidades que não alcançaram a meta de imunização no público-alvo, que continua sendo prioritário.
Mesmo neste momento em que o mundo vive a pandemia causada pela Covid-19, com o isolamento social e o receio das famílias em ir aos postos de saúde, o Ministério da Saúde alerta que se manter imunizado é uma questão de proteção social. Além disso, a pasta tem orientado todas as equipes de saúde do país quanto às medidas de segurança para evitar infecções e realizar a vacinação segura para a população e as equipes de saúde.
A vacina da gripe protege contra os três subtipos do vírus influenza que mais circularam no último ano no Hesmifério Sul, de acordo com determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina, de acordo com as autoridades, é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença e óbitos. Ela não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para a Covid-19, já que os sintomas são parecidos.
Fazem parte do grupo prioritário os idosos com 60 anos ou mais de idade; trabalhadores da saúde; membros das forças de segurança e salvamento; pessoas com doenças crônicas ou condições clínicas especiais; caminhoneiros; motoristas e cobradores de transporte coletivo; e trabalhadores portuários. Também fazem parte desse rol prioritário os povos indígenas; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional; pessoas com deficiência; professores de escolas públicas e privadas; crianças de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes; puérperas (pós-parto até 45 dias) e pessoas de 55 a 59 anos de idade.
Dados da pasta mostram que, em 2020, até o mês de maio, foram registrados 1.517 casos de influenza (gripe) em todo o país, com 209 mortes. Do total de casos, 588 foram casos de influenza A (H1N1), com 79 óbitos; 64 casos e 13 óbitos por influenza A (H3N2); 374 de influenza A não subtipado, com 63 mortes; e 491 casos e 54 óbitos por influenza B.
EM SÃO PAULO
Em São Paulo, o governo do Estado atendeu à recomendação do Ministério de definiu que a vacina contra a gripe está liberada para pessoas de todas as faixas etárias. A campanha também foi prorrogada oficialmente até 24 de julho; a população poderá ser vacinada enquanto houver doses disponíveis nos postos.
Embora a imunização não esteja mais restrita aos grupos prioritários, a Secretaria de Estado da Saúde faz um apelo especial para a importância de ampliar a cobertura vacinal entre crianças com idade de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas, pois os índices nesses públicos ainda são inferiores a 60%.
Até a semana passada, mais de 14,2 milhões de doses da vacina contra o vírus Influenza foram aplicadas no Estado, com 86,1% de cobertura entre os grupos prioritários.
A meta de alcançar 90% da população-alvo foi atingida entre alguns públicos, alcançando 5,8 milhões de idosos (100%); 1,5 milhão de profissionais da saúde (100%) e 6,7 mil indígenas (100%). O total de imunizados contabiliza 1,65 milhões de doses aplicadas em crianças de 6 meses a menores de 6 anos (54,1%); 227,7 mil em gestantes (50,5%); e 43,8 mil em puérperas (59,2%). De modo similar, o grupo das pessoas com idade entre 55 e 59 anos registra menor procura, com apenas 863,3 mil vacinados (42,8%).