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Com baixa adesão, vacinação contra o sarampo foca em adultos de 20 a 49 anos

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Vacina objetiva interromper a transmissão e eliminar a circulação do vírus no país

O Ministério da Saúde divulgou no final da semana passada que sua mais recente campanha de vacinação contra o sarampo, voltada para a população entre 20 e 49 anos de idade, está com índices muito abaixo da expectativa. Segundo o Ministério, de um público-alvo de aproximadamente 90 milhões de pessoas nessa faixa etária, até a quarta-feira da semana passada, dia 15, apenas 3,7 milhões foram vacinadas, representando parcela de 4,2%. Por isso, a etapa que já deveria ter sido encerrada foi prorrogada pelo Ministério da Saúde até 31 de agosto.
A vacinação contra o sarampo tem como estratégia interromper a transmissão e eliminar a circulação do vírus no Brasil. As duas primeiras etapas ocorreram em 2019, com a realização de ações nacionais: em outubro, para crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade; e em novembro, para a população de 20 a 29 anos. A terceira etapa, que ocorreu entre 10 de fevereiro e 13 de março deste ano, teve como público-alvo a população de 5 a 19 anos.
O Ministério alertou que a principal medida de prevenção e controle do sarampo é a vacinação, disponível durante todo o ano na rotina dos serviços de saúde do país, mesmo diante da pandemia da Covid-19, em evidência no país. O sarampo é uma doença grave e de alta transmissibilidade. Uma pessoa infectada pode transmiti-la para até outras 18 pessoas. A disseminação do vírus ocorre por via aérea ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Neste caso, não é necessário contato direto porque o vírus pode se disseminar pelo ar a metros de distância da pessoa infectada. A vacina aplicada é a tríplice viral, que estimula a produção de anticorpos contra sarampo, rubéola e caxumba.
De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, neste ano, até 27 de junho, foram confirmados 5.642 casos de sarampo em 21 estados do país. Somente no Estado de São Paulo são 688 casos. Outros dados informam que, em 2019, 15 pessoas teriam morrido por causa da doença; outras cinco em 2020 em todo o país.
Os principais sintomas do sarampo são manchas avermelhadas na pele que começam no rosto e progridem em direção aos pés; febre alta, tosse, mal-estar, coriza, conjuntivite, perda do apetite e manchas brancas na parte interna das bochechas.