Depois de susto aos 50’
Palmeiras bate Corinthians nos pênaltis e fatura Paulistão 2020
O Palmeiras estava com uma mão na taça e a festa já tinha até começado aos 49’ da etapa final do Derby que encerrou no sábado, 8 de agosto, o Campeonato Paulista da Série A1, o Paulistão 2020. Mas, um minuto depois, quando o árbitro Luiz Flávio de Oliveira já levava o apito à boca para encerrar a histórica partida, um banho de água fria quase congelou a espinha de todos os torcedores alviverdes: o zagueiro Gustavo Gómez derrubou na área o centroavante alvinegro Jô, provocando um pênalti para o arquirrival. O próprio atacante efetuou a cobrança da falta máxima e aos 51’, empatou o clássico. Até então, sem torcedores nas arquibancadas da Arena Palestra devido à pandemia do coronavírus (Covid-19), os donos da casa venciam por 1×0, gol marcado no começo do segundo tempo por Luiz Adriano.
Sem vencedores no tempo regulamentar e depois do 0x0 do jogo de ida, a bola teve de ir para a marca da cal; mas nas novas cobranças de pênaltis a sorte e a competência não estiveram ao lado dos corintianos. O goleiro anfitrião, Weverton, interceptou os tiros de Michel Macedo e de Cantillo, enquanto Cássio apenas evitou que a batida de Bruno Henrique fosse para as redes que resguardava.
Para alívio do abatido Gómez e da nação esmeraldina, o Palmeiras chutou o balde de gelo, venceu por 4×3 e chegou ao seu 23º título estadual. A façanha quebrou o jejum que durava desde 2008, última temporada em que o Verdão erguera o troféu do Paulistão. De lambuja, impediu o tetracampeonato do Timão, o melhor das edições de 2017/18/19. Menos mal que, para a equipe da zona Leste de São Paulo, o recorde de 30 títulos está longe de ser alcançado pelos adversários.
LUXEMBURGO SUPERA LULA
A conquista do Palmeiras foi ainda mais comemorada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. O comandante, que estava no leme da nau palestrina em 2008, também havia levado o clube ao degrau máximo da competição em 1993, 1994 e 1996; agora, com mais esta estrela no vitorioso currículo, tornou-se o treinador recordista de títulos paulistas, com 9, superando o ex-santista Luís Alonso Perez (Lula), que tem 8. “Luxa” soma aos cinco canecos beijados pelos palmeirenses os troféus de 1990 (Bragantino), 2001 (Corinthians) e 2006/07 (Santos).
